sexta-feira, 30 de abril de 2010

Mãe

"Un seul être vous manque, et tout est dépeuplé"

Alphonse de Lamartine

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Fernando Pessoa procura quarto

Para não destoar de alguns grandes da literatura portuguesa
que o precederam tal como Camões ou Bocage, Fernando Pessoa
andava constantemente teso. À medida que o peso da bolsa
diminuía, ele ia mudando para um locais mais baratos. Apesar
de não ser uma prática tipicamente portuguesa (longe disso),
muitas famílias vivem ainda hoje em dia em "partes de casa"
nas grandes cidades portuguesas. Vi recentemente o filme de
João César Monteiro Recordações da casa amarela, e não pude
evitar de pensar em Fernando Pessoa. A vida é dura para o génio
criativo que nasce pobre e sem jeito para fazer dinheiro.

Nota para os leitores: Durante a permanência neste blog,
aviso que a retrete é ao fim do corredor e que só podem
usar água quente para o banho uma vez por semana.
Quanto ao uso da cozinha, não suporto cheiro a fritos.

O menino azul

Ilustração para o poema de Cecília Meireles

Ballet a vela e a vapor

terça-feira, 27 de abril de 2010

Pedro Nunes no seu gabinete de trabalho

O génio de Alcácer do Sal em plena criação. Coloquei
o ponto de fuga ao nível do peito da personagem para
todas as linhas de construção "levarem" o olhar para
a figura central.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Entrem mas não façam barulho.

O meu auto-retrato, hoje.
Tenho uma qualquer gripo-alergia
aguda de carácter dordecabeçal.

domingo, 25 de abril de 2010

BD escolar.

Ao longo dos anos fiz inúmeras pranchas de BD para livros
escolares. Talvez seja engraçado colocar neste blog algumas
delas depois de vasculhar CD's antigos de armazenamento.
Infelizmente a maioria não se deixa nem ler e responde com
um gélido " unidade ilegível- erro de redundancia cíclica"

sábado, 24 de abril de 2010

A maçã do nosso pecado.

Durante o meu serviço militar, tive o prazer de pertencer
a um regimento que tinha uma quinta soberba onde se
cultivava frutos maravilhosos e legumes suculentos.
A mão de obra eram claro os desgraçados que o Estado foi
buscar a casa para os largarem no desemprego uns meses depois.
Tive a ocasião de visitar essa quinta enorme onde abundavam
macieiras de tipo Bravo Esmolfe que são uma maravilha de
sabor. Perguntei-me ao longo dos meses porque é que no refeitório
(incluindo o da messe de oficiais) comíamos umas maçãs farinhentas
já sempre "tocadas" e à beira da podridão. Soube entretanto que
eram de origem estrangeira, interceptadas provavelmente pelo
nosso exército durante o trajecto entre a lixeira e a pocilga
dos porcos. As nossas deliciosas maçãs Bravo Esmolfe eram
exportadas ou cedidas a adidos militares estrangeiros.
Pelo que me vem pelas notícias no nosso país, não é só no mundo
militar que isso vai acontecendo. Está a acontecer a mesma coisa
com os nossos queijos, enchidos, vinhos, leites, azeites, etc..
produzimos o melhor, vendemos, e comemos porcaria importada
e certificada pela ASAE.

Os Pequenos músicos

Há uns anos atrás, um amigo meu pediu-me para ilustrar um livro
de música que ele tinha formulado de uma maneira inovadora.
Era um cocktail de aulas de música para os mais pequenos com
muita BD e cd's de apoio. Além do desafio ter sido interessante,
o Paulo Henriques é daqueles amigos à antiga portuguesa que
qualquer um se orgulha de ter com o qual é um prazer colaborar:
É prestável, eficiente... um amigo de "A" maiúsculo em cinemascope.
Os Pequenos Músicos
foram editados pela Gailivro/ Leya.
Para quem quer ensinar música aos seus pequenotes, vale a pena
dar uma vista de olhos. Publicarei neste blog algumas das tiras de
bd do livro.
Para ti, Paulo, aquele abraço.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

A morte do Bocage

Maria Francisca era a irmã do Bocage. Foi talvez a única
constante positiva ao longo da sua curta vida. Não chegou
todavia para compensar os terríveis vícios que causaram
a morte prematura do repentista. Putas, rameiras, galdérias,
umas prostitutas de vez em quando para variar o sabor da
carne, ponche de alguidar, genebra de garrafa fiada, tabaco
incrustado nos brônquios, tudo acossou o poeta para um triste
fim onde as dívidas lhe forravam a almofada.


Meu ser evaporei na lida insana
Do tropel de paixões, que me arrastava;
Ah! cego eu cria, ah! mísero eu sonhava
Em mim quase imortal a essência humana.

De que inúmeros sóis a mente ufana
Existência falaz me não dourava!
Mas eis sucumbe a Natureza escrava
Ao mal, que a vida em sua orgia dana.

Prazeres, sócios meus, e meus tiranos!
Esta alma, que sedenta em si não coube,
No abismo vos sumiu dos desenganos.

Deus, oh Deus!... Quando a morte à luz me roube,
Ganhe um momento o que perderam anos,
Saiba morrer o que viver não soube.

Ilustração tirada de Chamo-me... Bocage (Editora Didáctica)

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Eu gosto de ti, tu é que não gostas de mim.

E ela respondeu:
"Eu gosto, tu é que não gostas."
Já não sei em que filme português com o Vasco Santana
(A canção de Lisboa, talvez?) um casal de namorados
entretinha este dialogo amoroso sentado num banco de jardim.
Já o Fernando Pessoa dizia que as cartas de amor são ridículas.
Que dizer então das conversas entre namorados!
(Do género: "se eu morresse ficavas triste?")

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Um estômago sexy!

Um desenho para um livro de ciências da natureza.
O modelo é uma raridade: Uma pessoa bonita por
fora e por dentro. Como diria o Miguelito na Mafalda
do Quino, uma pessoa "double-face".

O mapa cor-de-rosa

O mapa cor-de-rosa foi um dos elementos de alguns dos
acontecimentos mais humilhantes da nossa História: Um
ultimato inglês, uma saída sem honra por parte de Portugal,
um rei que fez o que pôde mas que antes de tudo foi realista.
Gente como o minorca do Guerra Junqueiro fartou-se
criticar e de caluniar o rei. Na altura outros até atribuíram
relações extra-conjugais à desencantada rainha. Teria essa
gente ido lutado contra o poderio inglês na altura? Não
falo de defender o nosso território albergue da pátria-mãe.
Falo de mandar tropas para África onde teríamos de enfrentar
uma força militar até então nunca enfrentada: os nossos aliados.
O rei acabou por pagar com a sua vida a megalomania de todo
um país.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Adão Giga e Eva Bytes


Ilustração para o texto Oficina da escrita.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

D. Carlos, um monarca do século XXI

Imaginem só o rei D. Carlos ter reinado no século XXI;
A sua vasta cultura, a sua paixão pela arte, pelo ténis,
pelo tiro desportivo, pela ciência... teriam feito dele a
coqueluche dos média. Se em vez de ao virar o século
XX, ele tivesse publicado agora aquelas obras científicos
sobre a fauna marítima, sobre as aves, etc, a opinião
mundial diria: Mas que monarca!Que erudito! Que homem!
Antes do comandante Cousteau já ele tinha estudado o mar
com os olhos rigorosos dum cientista e ainda recebeu prémios
internacionais! Como diplomata não havia um homem mais
encantador (apesar de tímido.) Imaginem-no nas cortes
modernas com princesas dos cinco continentes desejosas de
lhe afagar o bigode! Se D. Carlos reinasse hoje, seria um sucesso
de popularidade. Os reis de hoje não tomam grandes decisões.
E eu sou decididamente republicano. Os monarcas actuais são
"montras" à frente dos seus povos. Mas dá para imaginar que
com alguns quilitos a menos para não partir a vitrina, e com
D. Carlos como "montra" Portugal iria ter muito sainete.

Desenho tirado do livro Um auto à República

sábado, 17 de abril de 2010

Dia de mercado em Alcácer do Sal


Um mercado medieval à beira do rio. Estamos no século XVI em
Alcácer do Sal, e um menino rabino diverte -se como todas as
outras crianças. Chama-se Pedro. Mais tarde assinará uma obra
que irá revolucionar o mundo da matemática e da navegação
sob o nome de Petrus Nonius Salacensis, Pedro Nunes para
a posteridade.

A ilustração foi tirada do livro Chamo- me Pedro Nunes
editado pela Plátano

retrato de miúda com cão e caracol

Este desenho ilustrou um texto chamado O passeio do Raul.
Não me lembro do conteúdo mas pelos elementos na figura devia
de ser algo escrito para os mais pequenos. Um então um devaneio
surrealista.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Conversa casual entre casal

"Já não falo com a minha mulher há mais de dois anos:
De maneira nenhuma a quero interromper."
Jules Renard

O desenho ilustrou o conto O compadre rico e o compadre pobre

quarta-feira, 14 de abril de 2010

"Doodling" (ou gatafunhing enquanto telefoning)

O que em inglês se chama doodles são rabiscos feitos
enquanto a nossa atenção está ocupada com outro assunto, que
a mente está em "piloto automático". Tenho muitas folhas de
rascunhos feitas enquanto estou ao telefone ou quando estou
em compasso de espera para outra tarefa. Como muitas das
vezes tenho em mãos vários trabalhos ao mesmo tempo,
misturo naturalmente os vários estilos e as várias personagens
dos projectos em curso. No caso destes doodles de hoje são três
livros diferentes.

Tá de chuva!

Grande bojarda de chuva se deu hoje no meu cantinho do
jardim de primavera eterna à beira- mar plantado. Em Portugal
costuma-se dizer que chove a cântaros. Em França usa-se o
termo chover cordas. Em Inglaterra diz que chove gatos e cães.
Esta última versão deve-se ao facto de durante a idade média
nas ilhas britânicas, os animais de estimação irem refugiar-se
por baixo do telhado de colmo e em cima das vigas de madeira
para aproveitar o calor ascendente da lareira. Quando chovia e
a água passava através do telhado, os animais saltavam do seu
refúgio para o chão como uma praga de gafanhotos.
It´s raining cats and dogs!

terça-feira, 13 de abril de 2010

O cuco de Judas


No olho do cuco pode notar-se o pavor de estar perdido
numa terra longínqua e desconhecida. Daí o título.

Balada do rei das sereias

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Sincero

Uma das versões para a origem da palavra "sincero" seria
a fusão das palavras latinas sine e cera. Na antiguidade
usava-se frequentemente a cera para disfarçar algum
defeito nas estátuas aquando da sua criação pelo próprio
escultor ou depois de deteriorada pelo manuseamento.
Se a obra fosse sem defeito, ou seja, sem cera, teria assim
mais valor.

O desenho ilustrou o texto "O Príncipe feliz" de Oscar Wilde.

domingo, 11 de abril de 2010

Pobres bichos!

No outro dia li um anúncio que propunha diferentes
modalidades de treinos para cães. O cachorro podia
aprender a ser disciplinado, ou manso, ou feroz ou ...
medroso! Essa gente propunha-se ensinar o seu cão
a ter medo de tudo. Deixa cair um garfo no chão e
o seu rottweiller encosta-se a um canto de cauda entre
as patas e mijando-se todo como um bambi cercado
de caçadores. Nem imagino o que farão ao pobre do
animal durante esse período de "treino" para o tornar
assustadiço ao menor grito do dono! (O dono
que deverá sentir-se satisfeito e omnipotente).
Algures em mares distantes passa-se outras cenas
igualmente arrepiantes: "Pescadores" pegam em
tubarões ainda vivos, cortam-lhes as barbatanas e
devolvem os animais ao mar, indefesos e agonizantes.
Mutilam e deixam para morrer uma dos exemplares mais
perfeitos da Criação para fazer uma sopa chinesa.
Depois nos documentários sobre animais ouve-se
o " tigre assassino", o " tubarão sedento de sangue",
a "baleia assassina", etc...

sábado, 10 de abril de 2010

A febre do sábado à noite

Calças vermelhas, chapéu Retro, passos de dança
javardos à Dirty Dancing sobre fundo de música Tecno,
um penteado à Teddy boy revisitado, um olhar dengoso
à crooner dos anos 50, a camisa Gant à betinho comprada
na tenda "Cigano's Fashion", e estou à la manière.
Esta noite de sábado é noite de caça. Venham elas, as sopeiras
com o pescoço a cheirar a Chanel nº5 de promoção e as suas
frases de telenovelas. A semana passada uma delas disse-me :
"Sinto- me arrebatadamente tua". Não percebi népia e por
isso disse-lhe que não pago a profissionais. Ora essa!
Ou eu não me chamo Tónio!

Brianda Pereira

Mais uma lenda dos Açores onde desta vez a resistência aos
espanhóis sob o reinado de Filipe II foi liderada por uma mulher
destemida. Obrigando os animais da ilha a uma carga organizada
e dirigida pelas mulheres disponíveis sobre os castelhanos,
livrou-nos assim de alguns nuestros hermanos afectos à união
ibérica. Alguns foram espezinhados e esmagados, outros fugiram
para a praia de volta às embarcações. Gosto de pensar que há
sempre algo de verdadeiro em cada lenda.

Ilustração extraída de "Lendas da História de Portugal"

quinta-feira, 8 de abril de 2010

A conquista de Silves


Curiosamente na lenda que relata a conquista de Silves
a donzela não é nenhuma moura encantada mas sim
uma lourinha. Já a lenda das amendoeiras também
é protagonizada por uma dama com o cabelo da cor do
ouro. Talvez por serem tão acarinhadas as louras de todo
o mundo se sintam tão bem no sul da nossa costa.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Espantalho aborrecido

Quem canta seu mal espanta!

Um dia alguém fez a pergunta: Os pássaros
canta por estarem felizes, ou cantam para
se sentirem felizes?

Mais "velharias"


A primeira ilustração para a agência Wilkens,
a segunda para o Grupo Barro.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Super Jovem Passatempos

Que saudades que eu tenho destes anos! Um dia recebi
um telefonema da redacção da Super Jovem: " Queres
ser redactor da revista de passatempos da SJ? Tratas
de tudo: desenhas, escreves, criticas, inventas jogos, etc..."
Foi música para os meus ouvidos. Os ficheiros eram na
altura entregues em discos Syquest que gemiam como
virgens andaluzas quando eram postos em acção.

Personagens para livro de contos

Desenhos já antigos. Na altura usava um Mac 6100
da Apple. 350 MB de disco rígido (Hoje dá para rir.)

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Calma, que tu vais tirar- nos de aqui.

já estive um dia numa situação parecida à da ilustração.
Raramente senti alguém com tanta confiança em mim como
nesse dia. O meu amigo que se tinha aventurado comigo
no barco só conhecia da natação o estilo do prego.
Em certa altura quando comecei a temer pelas nossas vidas,
(essencialmente pela dele já que até sou bom nadador),
ele sacou de um SG gigante, começou a fumar, e com
a fleuma de alguém que foi criado em Nothing Hill
simplesmente disse: "Calma, que tu vais tirar- nos de aqui."
Inconsciência? Coragem? Analisando bem foi a melhor opção
que teve já que me permitiu acalmar-me perante tanta
dignidade e safar-nos aos dois.

domingo, 4 de abril de 2010

Letra P

Letra "P"
PI... PA
A Pipa
Pa... PÁ
O Papá
O Papá foi à Pipa para a Pinga.
A Pipa é do Papá.
A Palmira tem um Pinto.
O Pinto faz Piu.
O Papá foi ao Pito da Palmira.
A Palmira nem fez Piu.

sábado, 3 de abril de 2010

Hoje vai ser um bom dia!


Terra à vista! ...era Vera Cruz!

Hoje em dia só no espaço sideral teremos o mesmo sentimento
que puderam viver os nossos antepassados descobridores de
terras longínquas. Se houve alguns pontos do globo onde terá
havido o deslumbre de um paraíso na terra terá sido nas praias
de Vera Cruz, actual Brasil. Pero Vaz de Caminha, um dos
tripulantes das naus de Cabral e autor da célebre carta ao
rei D. Manuel, ficou espantado pela inocência dos indígenas
que não mostravam nenhum índice de maldade (a não ser
depois de ter provado repetidamente o vinho por eles
desconhecido) e pela beleza das mulheres e a sua genuína
falta de pudor. Tempo abençoado onde até as galinhas
assustavam os autóctones. Mudou um pouco.

Deixo a seguir dois trechos escritos desde o paraíso:

"...Ali andavam entre eles três ou quatro moças,
bem novinhas e gentis, com cabelos muito pretos
e compridos pelas costas; e suas vergonhas, tão
altas e tão cerradinhas e tão limpas das cabeleiras
que, de as nós muito bem olharmos, não se
envergonhavam."

"...E uma daquelas moças era toda tingida de baixo a cima,
daquela tintura e certo era tão bem feita e tão redonda,
e sua vergonha tão graciosa que a muitas mulheres de nossa
terra, vendo-lhe tais feições envergonhara,
por não terem as suas como ela."

quinta-feira, 1 de abril de 2010

A estrela inacessível

Curiosamente quanto maiores somos, mais longe parece
ficar a estrela que queríamos alcançar na nossa juventude.
Escrevi "maiores" mas deveria ter escrito mais compridos,
porque não sei se ficamos maiores quando crescemos.
Aliás Napoleão teve um dia uma réplica engraçada acerca
do tamanho de cada um; Certo dia um general ao ver que
o seu imperador de 1,69m não chegava ao livro que tentava
tirar da estante disse-lhe: "Deixe- me alcançar o livro para si,
que eu sou maior." Napoleão retorquiu de tom reprovador :
"Não é maior, é mais comprido!". Mas megalómanos ou não,
nunca se esqueçam que na vida, por mais alto que estejamos
sentados, continua a ser em cima do nosso rabo.

Em jeito de post- scriptum: Napoleão não era tão baixo como a
tradição anglo-saxónica o parece sugerir. (pudera, eram os
seus inimigos). Ele era até mais alto que a média da época.
Simplesmente os seus generais tinham todos alta estatura o que
dava a impressão de estarem a ser comandados por um anão.
Altura de alguns dos seus generais: Mortier 1m94, Murat 1m81,
Kléber, Marmont, Bessieres, Kellerman 1m78.