quarta-feira, 30 de junho de 2010

O cair do pano


"Porquê retirar-nos e abandonar a partida
quando ainda há tanta gente para desiludir?"
Emil Michel Cioran (1911-1995)

Afonso errou e por vezes duvidava

terça-feira, 29 de junho de 2010

A prisão do Tronco


A prisão do tronco era do tempo do Camões, o equivalente ao
que foi depois em França a Bastilha ou qualquer outra prisão de
estado onde se mantinha com carinhos extras alguns indesejados
da sociedade. Como o edifício já não existe, tive de inventar para
caramba. O cão parece estar a farejar algo impuro. As próprias
cores da rua lembram tons de sangue ressequido e urina.
Não aconselho a estadia.

Página do álbum-Camões- De vós não conhecido nem sonhado

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Os pequenos músicos (2)

O vídeo de apresentação do meu amigo Paulo Henriques,
um dos três autores do livro/CD Os pequenos músicos,
uma obra onde participei nos desenhos. Uma óptima
ferramenta para interessar os petizes à música e ao solfejo.
Vídeo "os pequenos músicos"

domingo, 27 de junho de 2010

Amélia Earhart

Uma pioneira da aviação, desaparecida no meio do oceano Pacífico
enquanto tentava circundar o globo. Agora já é mais fácil dar a
volta ao mundo: Vejam o caso do Madoff, do Bill Gates, etc...

sábado, 26 de junho de 2010

S. Gonçalo, encantador de pássaros

São inúmeros os milagres atribuídos por tradição
a S. Gonçalo de Amarante. Encantava os pássaros
com um simples assobio. Flauta? isso é para os
principiantes de Hamelin.

Ilustração extraída de As pegadinhas de S. Gonçalo
com textos de Cidália Fernandes

sexta-feira, 25 de junho de 2010

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Afonso Henriques e Flâmula Gomes

Capuchinho vermelho traz o avô.


Um avô disfarçado de capuchinho vermelho parece
efectivamente um Pai Natal. Para amanhã tenho
um troll escandinavo com um traje de Cinderela.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Camões e as mulheres

O título deste post dava pano para mangas. Visto eu já
ter feito um livro sobre (em grande parte) esse tema,
não vou escrever mais nada e (bocejo) dormir uma sesta.
(bocejo e espreguiçadela).

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Jim Hawkins

Mais uma romance que nasceu de uma brincadeira com os
filhos. R. L. Stevenson depois de entreter os seus com uma
aventura de piratas, decidiu que afinal até era capaz de dar
um bom livro. Já a Mary Shelley inventou a história do doutor
Frankenstein numa espécie de concurso de relatos de horror
entre amigos. Por vezes as melhores ideias ocorrem-nos
quando menos se espera, e com o menor esforço.

O enterro de Bandarra

sábado, 19 de junho de 2010

O menino da sua mãe


No plaino abandonado
Que a morta brisa aquece,
De balas traspassado
- Duas, de lado a lado -,
Jaz morto, e arrefece.

Raia-lhe a farda o sangue.
De braços estendidos,
Alvo, louro, exangue,
Fita com olhar langue
E cego os céus perdidos.

Tão jovem! Que jovem era!
(Agora que idade tem?)
Filho único, a mãe lhe dera
Um nome e o mantivera:
"O menino da sua mãe".

Caiu-lhe da algibeira
A cigarreira breve.
Dera-lhe a mãe. Está inteira
E boa a cigarreira.
Ele é que já não serve.

De outra algibeira, alada
Ponta a roçar o solo,
A brancura embainhada
De um lenço... Deu-lho a criada
Velha que o trouxe ao colo.

Lá longe, em casa, há a prece:
"Que volte cedo, e bem!"
(Malhas que o Império tece!)
Jaz morto, e apodrece,
O menino da sua mãe.

Fernando Pessoa

Ratos de laboratório

Todos nós temos um sonho... ou para parafrasear Voltaire,
um ideal no melhor dos mundos possíveis. Uns aspiram a uma
situação profissional em que ninguém lhes possa pisar os
calos, outros à riqueza no meio de odaliscas suadas, outros a um
amor-paixão arrebatador, outros a uma telenovela ao fim do dia.
Aspiramos todos à saúde dos nossos e claro também da nossa.
Esta busca do caldeirão no fim do arco-íris, do tesouro ao fim
da viagem, assemelha-se muito a um labirinto de ratos de
laboratório. Que você seja um físico nuclear ou simples
encarregado de preencher o espaço vazio nas letras "o",
acaba por fazer o que a vida quis de nós, como entre as mãos
de um cientista louco. Com os media sempre a impingir estilos
de vida de que não precisamos, salivamos como cães de Pavlov.
Prometem-nos água, mas morremos de sede. A religião promete
fontes e rios mas do lado de lá. Um argumento bem conveniente
e impossível de verificar tal como as contas bancárias dos senhores
das seitas. Não haverá por aí um Deus mais bonacheirão que nos
deixe espreitar só um bocadinho? Só para tornar menos penosa
esta vida de rato de laboratório?
(E já agora as odaliscas suadas podiam servir de guia).

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Morreu José Saramago


Um talento universal que ficará para a História. Isto, apesar
dos políticos de lamaçal, de críticos medíocres apressados como
crianças em dar notas e estrelinhas para "qualificar" as suas
obras. Num país onde mora a mesquinhice e a inveja dirigida
particularmente aos próprios compatriotas, Saramago chegou
à glória graças à sua excelência. (E mais uma vez devido à opinião
estrangeira). Novamente Portugal (?) foi padrasto para mais
um dos seus filhos mais brilhantes. Não é novidade.
José Saramago morreu sempre dignificando e amando Portugal.
Mas o amor nem sempre é recíproco. Hoje morreu José de Sousa
"Saramago"- Escritor português, virtuoso da língua portuguesa.
Por tudo, obrigado José.

" Mas porque é que vocês se ficam pela rama das coisas?"
José Saramago

Lusofonia

"Que os muitos por sermos poucos nam temamos"

quarta-feira, 16 de junho de 2010

O Rei Rodrigo

D. Rodrigo, duque da Bética, eleito rei dos Visigodos em 710 .

terça-feira, 15 de junho de 2010

Egas Moniz - Um homem de palavra

Mais uma vez Egas Moniz, aio de Afonso Henriques,
com a sua família de baraço ao pescoço cumprindo
a sua palavra perante o imperador Afonso VII. Isto,
claro segundo a tradição (lenda)?

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Frei João Sem Cuidados

domingo, 13 de junho de 2010

Astrolábio

sábado, 12 de junho de 2010

A bandeira de Portugal

Foi o artista Columbano Bordalo Pinheiro que por assim
dizer "juntou" os elementos impostos pela recém-nascida
República para compor a bandeira de Portugal.
Pessoalmente, acho o resultado sobrecarregado de símbolos.
Além disso a escolha do vermelho junto ao verde parece-me
berrante em demasia ou não fossem elas duas cores comple-
mentares no círculo cromático. Acho pena serem precisamente
as cores da bandeira da Carbonária, um grupo anarquista e
terrorista que semeou o terror no principio do século XX.
Columbano pouco mais teve de fazer do que respeitar o número
dourado e é claro o bom senso artístico. É como fazer um bom
cozido à portuguesa com a obrigação de introduzir na receita
ketchup, mostarda de Dijon, etc...
Mas é a nossa... temos de aprender a amá-la.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Castelo de Guimarães: Depois de olhar para a Gorgona

Sim, porque o castelo não nasceu logo com aquele
aspecto imponente e elegante que lhe conhecemos
hoje; Desde de Mumadona Dias até ao Afonso Henriques
houve muita trabalho.
Mumadona Dias, filha de Diogo Fernandes e de Onega Lucides
foi uma grande senhora na História portuguesa. É pena ainda
ninguém lhe ter dado os devidos créditos em BD ou em
trabalhos de ilustração. E com isso também contra mim falo.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

A Nau Catrineta

terça-feira, 8 de junho de 2010

Raindrops Keep Falling on My Head

Depois de um fim de semana de sol incandescente, parece que
o tempo quis voltar a pingar em cima das nossas tolas. O título
é de uma canção que ficou célebre ao ser cantada por B. J.Thomas
num filme com o P. N. e o R. R.
(Uma ajuda: não entrava o W. C. Fields)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Para além do bem e do mal


Nietsche disse: "Existe uma exuberância de bondade que se
assemelha à maldade". Reparei que quando cito esta
frase aos meus amigos, na maioria dos casos eles torcem
o nariz não conseguindo no próprio momento lembrar dum
exemplo concreto mas no entanto ficando a flutuar numa
sensação de que há algo de verdadeiro na frase do alemão.
Vem-me à mente aquelas pessoas que insistem em ajudar
os outros por vocação ou por profissão com um entusiasmo
parecido com a santidade e que em sua casa fazem a vida
negra aos próprios familiares.
Prefiro pessoalmente recorrer a profissionais conscienciosos
do que a fanáticos do amor universal. Aplico isto a muuuitas
coisas.
Um grande obrigado ao pessoal do Hospital da Ordem Terceira.

sábado, 5 de junho de 2010

Muuuuuuuu!... my love


Certa vez li já não sei onde, que antes de Deus decidir o contrário,
os animais eram os iguais do Homem. Falavam, decidiam, e todas
as espécies se misturavam num grande bacanal cósmico. Daí haver
tantas espécies diferentes. É bem conhecido o gosto especial que
têm certos pastores em praticar actos sexuais com as suas cabras
e as suas ovelhas (Europa central, e outros sítios montanhosos onde
os homens solitários têm calos em demasia na palma da mão).
Foram relatados alguns episódios que incluiam éguas ( Oro de
Cizia Zyké) e mesmo no nosso país existe o relato do Pina-galinhas.
E se um dia Deus devolve o poder da palavra aos bichos? Como
punir nessa altura os abusos, as violações repetidas? E agora
com esta liberalização do casamento, não irão sair novas leis?
Há já uma vaca leiteira que se queixou que o dono (e até a dona!)
lhe apalpa as tetas todas as manhãs ao ponto de ela, toda excitada se
esvair em leite. E depois deixam a pobre "rapariga" a nadar em seco.
Ela bem se queixa: "Não te esqueças do meu Ponto G, safado!"
(Muuuuuu..muuuuuuu!)

N.B. Se os mais distraídos não souberem o que é o Ponto G,
não peçam explicações a uma mulher ou irão passar por
australopitecos.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Macaquinhos na cabeça

Que coisa estranha na língua portuguesa de pôr animais
em cima da cabeça. Quando não são macacos, são galos.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Dia de comprar um livro era dia de pôr gravata

Houve uma época em quando se comprava a primeira televisão
a preto e branco, a dona de casa adornava-a com um napperon
de renda carinhosamente confeccionado.
Antes de isso porém, houve o tempo em que o único livro dentro
de casa era guardado religiosamente na gaveta e embrulhado num
lenço de seda.