sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Réveillon 2011

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O templo de Évora

O templo que ao princípio nada tinha a ver com a deusa Diana,
e que era originalmente rodeado por um contorno de água.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Alto e pára o baile!



-Alto e pára o baile, que apalparam o rabo à minha filha!

- Deixa estar, pai, não faz mal...
-Siga o baile que ela é puta como a mãe!

Esta versão da célebre expressão portuguesa foi-me dada
por um camarada do exército durante a minha estadia em
Lamego. No entanto é mais que provável que haja por aí
algumas variantes.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Festas Felizes!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Frankie goes to Hollywood

Os FGTH foram uma banda dos anos 80 que influenciaram muito
as minhas opções musicais e até gráficas. Utilizavam uma iconografia
notável com inspiração na guerra fria, no visual da propaganda socialista
soviética, e até alguma inspiração numa fase do Picasso. a música era
vibrante como um comício histérico ditado por algum ditador de pacotilha,
ou não fossem as faixas produzidas pelo genial Trevor Horn dono da casa
ZTT. A voz de holly Jonhson não era propriamente a de um prodígio,
mas era eficaz e atingia o objectivo.
Welcome to the Pleasuredome!


quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Contra o aborto

Depois do falso alarme da penúria do açúcar vamos ter falta de ovos
nas prateleiras dos supermercados. Com efeito foi anunciado um
protesto em larga escala por parte das galinhas deste país que consideram
o consumo de ovos um crime contra a espécie galinácea. O aborto
forçado, entenda-se a transformação do ovo em alimento, é puro e
simplesmente um assassinato hediondo que os humanos praticam
há séculos e em total impunidade. O ovo contém o feto de pintos
sãos e foram concebidos com total consentimento dos pais. Não estamos
aqui a falar de mães franganitas de cabeça no ar que perderam a cabeça
durante uma noite de loucura enfeitiçadas pelo charme do galo; Estamos
sim a falar de galinhas responsáveis pelo seu corpo, (muitas delas leram
Simone de Beauvoir), e que reclamam o fruto do seu amor que
periodicamente lhes sai do rabo.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

As viagens dos portugueses

Nada mais pitoresco do que o português em viagem. Não estou a falar
de caravelas, nem de descobrimentos. Estou a lembrar-me daquelas
viagens de autocarro ou de camionetas regionais em que se destaca
o farnel português. Enquanto as outras nacionalidades transportam
sanduíches que cabem num bolso e no buraco de um dente, o bom
português não se acanha, onde quer que esteja, em tirar a tampa do
tacho para deixar exalar o bom odor de uma feijoada ou de umas
boas carnes fumadas como só se fazem na nossa terra. E o nosso vinho
mesmo carrascão, parece que dá alegria a quem está à volta só de ouvir
a rolha a saltar. Várias vezes assisti a cenas destas, onde viajantes do
norte da Europa se viram a provar carnes de partes do porco de que
nunca tinham ouvido falar, e a beber com franco gosto, vinhos cujo nomes
soa a gargarejos perante um ouvido escandinavo. Contrariamente
ao que se diz, o povo português não é triste: É que a tristeza, por vezes,
é muito parecida com a alegria dos pobres.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

As mulheres e os sapatos: Uma história de Amor-Indiferencia

"26 pares de sapatos ainda por estrear
lá em casa e não tenho nada para
calçar para a passagem de ano."

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

The good, the bad and the ugly.


Quando vi pela primeira vez O bom, o mau e o vilão, de Sergio Leone,
pensei que se um dia fosse realizador de cinema, seria daquela maneira que
quereria filmar as cenas. Foi uma revelação. E não só no cinema: Já se fala
em BD ao estilo do western spaghetti, (entenda-se com realizador italiano
e filmado em Espanha). O sucesso de filmes como Once upon a time in the
west
acabou por ser tão brilhante, que os americanos acabaram por copiar
os italianos em coboiadas filmadas nos EUA. Sergio Leone, o génio por detrás
desse sucesso, ainda chegou a assinar com um nome americanisado. Hoje,
alguns dos peplum onde ele participou como "americano" têm entre parênteses
o seu verdadeiro nome como para garantir a qualidade.
Clint eastwood nunca teria o estatuto que tem sem os western spaghetti.
Hoje em dia, se se quiser criar um ambiente de duelo entre pistoleiros seja para
uma publicidade, seja para anunciar um western, a primeira imagem que logo é
identificada é a de dois tipos mal barbeados com ponchos empoeirados a mastigar
um charuto e um ar flauta ou de harmonica de Ennio Morricone. Não os
"limpinhos" John Wayne ou Gary Cooper.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Chocolate - Uma coisa para adultos

Uma bebida à base de cacao já fazia sucesso nas mesas da nobreza azteca
no século XIV. A sua preparação incluía ingredientes picantes e eram-lhe
atribuídas virtudes revigorantes e afrodisíacas. Segundo relatos dos
conquistadores espanhóis, o rei autóctone nunca visitava o seu harém sem
primeiro beber a sua "poção mágica". Quando os castelhanos trouxeram o
que viria a ser o chocolate para a Europa, a nobreza espanhola apoderou-se
daquele alimento, que apesar do seu bom gosto, servia essencialmente para
despertar paixões ou pelo menos para os seus adeptos ficarem alertas. As
damas da alta sociedade espanhola criaram o costume durante as longas e
fastidiosas missas, de lhes serem servidas uma bebidas à base de chocolate
para conseguirem ficar acordadas durante as ladainhas em latim. Os padres,
irritados, tentaram proibir aquela moda, mas ao darem as suas missas para
bancos sem fiéis, acabaram por aceitar o chocolate quente "cristianizado".
Desde aí, o chocolate foi até a bebida preferida dos cardeais durante os
longos conclaves.
Louis XIV, rei de França, foi grande consumidor de chocolate
e oferecia-o generosamente às amantes mais reticentes às suas carícias.
G. Casanova foi outro grande adepto do chocolate, tal como W. Mozart.
No século XVII, convidar uma dama para ir beber um chocolate em
tête-à-tête
tinha obviamente outras implicações. Se hoje em dia alguém
lhe propor um chocolate quente depois de um lição de História, já sabe:
Ou invente uma dor de cabeça, ou vá despindo as calças.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Dezembro pasmado.


Dezembro atende à porta e fica pasmado porque:
1- Não estava à espera de visitas?
2- Pensava que era a linda vendedora ruiva da AVON
e afinal é um camionista a vender calendários?
3- Alguém o avisa de que este ano não vai receber o 13º mês?
4- Putos tocaram à campainha e piraram-se?
5- Pedem-lhe para responder a um inquérito sobre o armamento
nuclear da Suiça ?

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A solidão do embrulhador de prendas de Natal


Esta manhã quando visitei um hipermercado para adiantar já
algumas prendas de Natal, assisti a uma cena digna de um
romance de Leslie Charteris. Depois de me proporcionar uns
quantos metros de papel de embrulhar, a empregada informa-me
que este ano, são os próprios consumidores que têm de fazer
os seus próprios embrulhos. Foi-me assim indicado um local
subterrâneo junto ao parque automóvel onde eu poderia utilizar
fitas e papel fora da área de venda. Estava lá uma mesa grande
com tesouras presas por correntes e distribuidores de fita-cola
atarraxados ao tampo. Esses detalhes ampliados pelo efeito
da luz de néon, davam ao local um vago ar de ilegitimidade àquela
cena. Apareceram mais duas senhoras e um cavalheiro, já com
os seus papéis de embrulho ainda enrolados debaixo do braço,
e toca de embrulhar prendas. Na minha mente, comecei a idear
uma história sombria; Aquela gente, meio envergonhada vai-se
lá saber porquê, parecia estar a fazer algo de ilícito, naquela parque
de estacionamento de um hipermercado. Inserida num filme
de espionagem, aquela cena poderia parecer um bando de insurrectos
a fabricar bombas explosivas ou a manusear componentes para
drogas. É claro que a expressão facial dos "embrulhadores" dizia outra
coisa: dizia que estavam felizes pela alegria que iam causar aos seus
entes queridos. Para utilizar a bonita expressão de Quino em "Mafalda",
pareciam "terroristas da felicidade".
Penso que o ar meio-envergonhado das pessoas naquele momento,
era devido ao facto de estarem elas próprias a embrulhar as suas
prendas pelo facto de o hipermercado não querer pagar a empregadas
extras que poderiam fazer esse serviço. Claro que aquilo não era
o Harrod's, mas mesmo assim acho que "algo está podre neste reino",
(para parafrasear o escritor português Chico Espirro.)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Trincheira portuguesa

Um episódio trágico na História portuguesa. A batalha de La Lys
nas Flandres foi uma carnificina que os nossos heróis não mereciam.
Mal informados, mal preparados e sobretudo mal comandados e ao
bom prazer dos aliados estrangeiros.