segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Boas festas!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O Castelo Encantado

Um livro para os pequenotes, com um conto à moda antiga mas com
escrita moderna e outros ensinamentos sobre constelações que os
futuros cientistas de calções curtos vão adorar.

Texto: Alexandre Costa
Desenhos: Jorge Miguel
Editora: Plátano

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Dragon

sábado, 12 de novembro de 2011

Velhice



"Começamos a envelhecer quando deixamos de aprender."
Provérbio japonês
"Um velho amigo é coisa sempre nova."
Provérbio italiano
"De galinha velha se faz a melhor canja."
Provérbio português

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Sarau

Esboço para um atual projeto.

domingo, 23 de outubro de 2011

OK


Existem várias teorias para explicar a origem do "OK" americano.
Vou enumerar as principais três:

1- Na origem haveria um jornal de cariz cómico norte-americano
que tinha por norma de escrever os cabeçalhos com simplificações
fonéticas para mais chamar a atenção dos leitores. Assim "All Correct"
era escrito "Ol Korrect", e acabou em OK.
2- Na Grécia antiga, depois de se inspecionar os barcos que estavam de
partida, um fiscal escrevia no topo das ânforas "OK" do grego "OLA KALA",
que significa que está tudo nos conformes.
3- Durante a guerra civil norte-americana do século, quando as tropas
regressavam ao acampamento sem sofrer baixas, registava-se um "OK"
ou seja "Zero Killed".

Agora, e parando de fantasiar, eu penso que a origem é portuguesa.
Desde tempos remotos que os maridos portugueses deram origem
ao mito de onde até surgiu uma conhecida anedota, em que já na
cama com a esposa, pediam delicadamente para praticar actos íntimos.
-O marido: Ó Maria, queres dormir ou quê? (ouve-se "OK").
- A mulher: O Quê?
A partir de aí decorria o coito.
Os cientistas americanos que durante o século 19 vieram a Portugal
para estudar a pratica do sexo em que os dois parceiros estão acordados,
deduziram que o som "OK" indicava consentimento e que se podia
traduzir por "sim", "está bem", "vamos a isso".

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Marquês de Pombal a caminho do interrogatório



Reina em Portugal D. Maria I. O Marquês de Pombal é ajudado
pelos seus criados até à sala dos interrogatórios. o processo
durará meses. Sebastião José de Carvalho e Melo Tem 80 anos.

sábado, 15 de outubro de 2011

Big in Japan

Existem expressões idiomáticas em todas as línguas. A língua
inglesa é fértil nesse aspecto, ainda mais do outro lado do Atlântico.
"Big in Japan" pode servir para várias ocasiões numa conversa do
dia a dia.
1- Uma pessoa que pretende ser alguém muito reconhecido numa
parte do mundo onde será praticamente impossível ir verificar.
ex: " Vendi milhares de discos na Papuásia. Naquela terra sou mais
conhecido do que a Amália."
2- Segundo um cliché já bem conhecido, os asiáticos teriam o pénis
de dimensões reduzidas. "A do chinês é amalela e picanina".
Lembro-me de um jogador de baseball americano que foi para
o campeonato japonês e que nos balneários podia dizer " I'm big
in Japan".
3- Serve para dizer que uma mulher tem o peito grande.
Ex: "This maid is big in Japan.".
4- É também o título dos Alphaville. Não sei todavia se venderam
bem no Japão.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Maria da Fonte

sábado, 1 de outubro de 2011

Uma velhota portuguesa


(...) Rabugenta, eu? Não senhor
eu hei-de ir desta pra melhor
mas falo pelos que cá deixo
não é por mim que eu me queixo

Ó Felisbela, ó Felismina
ó Adelaide, ó Amelinha
ó Maria Berta, ó Zulmirinha
vamos cantar o coro das velhas?

Cá se vai andando
c'o a cabeça entre as orelhas (...)

Extrato do "Coro das velhas" de Sérgio Godinho

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Persistência da memória

Persistência da memória é um dos quadros mais famosos de
Salvador Dali. Por vezes também chamado pelo vulgo "Os relógios
moles". Dali tinha a certeza de que havia vida após a morte.
no entanto não tinha receio da memória do indivíduo no outro
ou até mesmo neste mundo fosse apagada e que a vida recomeçasse
com uma página branca. Ele queria assim, que depois do novo
nascimento o Criador permitisse "persistência na memória".

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

D. Teresa

Ilustração para um livro que está quase para sair, fruto de
uma colaboração com a escritora Cidália Fernandes.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

O Leão, o Urso e a Raposa

Um Leão e um Urso capturaram um cervo, e em feroz luta,
disputavam pelo direito de posse da presa.
Após terem lutado bastante, cansados e feridos, eles caíram
no chão completamente exaustos.Uma Raposa, que estava nas
redondezas, à uma distância segura e quieta observando a tudo,
vendo ambos caídos no chão e o cervo abandonado ali perto,
passou correndo entre os dois, e de um bote agarrou-o com
a boca e desapareceu no meio do mato. O Leão e o Urso vendo
aquilo, mas incapazes de impedir, disseram:
"Ai de nós, que nos ferimos um ao outro apenas para
garantir o jantar da Raposa!"

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A Tartaruga e a Águia - A fábula

Por não ter sido da autoria de Esopo ou de La Fontaine, existem várias versões
desta fábula que começaram a se escritas desde a antiga Suméria. Encontrei
este texto na net que me pareceu simples e didáctico.



A tartaruga passava o tempo a lamentar-se por ser lenta
e desajeitada. Como gostava de fazer comparações, adorava
a beleza e a ligeireza com que se moviam as aves. Não se
conformava com a sua sorte e chegava a ficar muito triste.

- Que chatice ter que me arrastar pelo solo, passo a passo
e com esforço! Ah! Se eu pudesse voar, nem que fosse apenas
uma vez! dizia ele repetidamente, dia após dia.

Finalmente, num dia de outono, conseguiu convencer a águia
a levá-la para um passeio pelas alturas. Suavemente e com
grande majestade, a águia e a tartaruga elevaram-se no céu,
naquela tarde. O animalzinho transbordava de felicidade,
ao ver lá embaixo, tão longe, a terra e seus habitantes.

- Ah, que maravilha! Como estou feliz! Que inveja não
devem sentir as outras tartarugas vendo-me voar tão alto!
Realmente, sou uma tartaruga única! exclamava ela, com a
voz tremida pela emoção.

Mas tanto se cansou a águia de ouvir seus vaidosos argumentos,
que decidiu soltá-la. A orgulhosa tartaruga caiu como uma pedra,
desde milhares de metros de altura, desfazendo-se em cacos ao
chegar no chão.

Algumas tartarugas que viram que viram sua vizinha cair,
exclamaram cheias de pena:
- Pobrezinha! Estava tão segura aqui em baixo, na terra,
e teve que procurar as alturas para perder-se.

Dura lição para quem se empenha em ir contra sua própria
natureza. Não é melhor cada um conformar-se com aquilo que é?

Agradecimento a metaforas.com

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Bulldog

Literalmente o nome desta raça quer dizer "cão-touro". Efectivamente,
esta raça que foi o produto de cruzamentos combinados pelo Homem,
era utilizada em espectáculos onde combatia em ferozes combates contra
touros. devido ás suas particularidades físicas, não se consegue reproduzir
sem ajuda humana e muitos espécimenes têm problemas de saúde
próprios à raça. Não parecendo, o feitio é muito meigo e considera-se o
melhor companheiro canino para as crianças. Já houve muitos casos
de bulldogs que morreram ao tentar proteger a criança que tinham ao
seu cuidado. (Casos amplamente aproveitados pela indústria
cinematográfica).

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O "Chá" de uvas das senhoras


Cheguei a presenciar no interior-norte de Portugal a uma cena deste
tipo: Certas senhoras comme il faut pediam uma certa variedade de
infusão em chávenas de chá. Na realidade estavam a beber vinho
branco, mas para uma senhora, fica mal pedir vinho às 5 da tarde
num café. Assim, mantém-se as aparênciase toda a gente fica satisfeito.
já agora nunca é mau relembrar que foi a nossa Catarina de Bragança
que levou para as ilhas Britânicas a moda de beber o "chá das cinco".

Desenho: "O Fado Ilustrado"

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Cow boys and Aliens

Depois de Battle: Los Angeles, vem aí Cow boys and Aliens.
Está na berra o planete Terra estar a ser atacado por aliens que procuram
desesperadamente algo que não encontram no seu planeta de origem.
Battle: L.A. foi a água dos nossos oceanos, em Cow boys and Aliens vai
ser o nosso ouro. Depois de praticar vivisecção nas vacas do Colorado e de
engravidar as belezas da Antiguidade disfarçados de deuses, os E.T. vêm
nos roubar o ouro. Logo agora que a cotação está altíssima devido à crise
mundial. (Desconfia do chinês que ri com dentes de ouro).
Tenho a minha teoria pessoal quanto ao disfarce dos aliens radicados
no nosso planeta: No outro dia vi um chinês a açambarcar garrafões de
água num supermercado em diferentes carrinhos passando várias vezes
pelas caixas, já que cada pessoa só podia levar três. Água!
Depois de comer os nossos cães, querem nos matar à sede e em seguida
comprar as nossas reservas de ouro. O primeiro porta-aviões chinês foi
inaugurado esta semana: não tem uma ar de nave saído de Galactica?


terça-feira, 9 de agosto de 2011

Sutiã, Soutien-gorge, Brassiere, Bra


A origem de certas palavra é muitas das vezes bem interessante.
"Sutiã" é a palavra adaptada em português da expressão francesa
"soutien-gorge" (apoio-garganta), já que os gauleses costumam
chamar "pudicamente" "garganta" ao peito feminino. não se diz
"tem umas mamas muita boas" mas sim "tem uma garganta catita".
No entanto não fica bem dizer" tem uma garganta funda".
nos países anglo-saxónicos usa-se a palavra igualmente francesa
"Brassiere" ou o diminutivo "Bra" (e daí o "Wonderbra"). A palavra
deriva do velho francês "Bracière", que os soldados usavam para
proteger os braços ("bras", em françês). É engraçado verificar que
apesar de tiudo se passar à volta dos mamilos, só se fala em braços
e gargantas. Temos uma sociedade muito conservadora. Pfff.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Lamentations d'un poil de cul de femme - JULES VERNE


O mesmo Jules Verne que escreveu a Viagem ao centro da Terra
e as Vinte mil léguas submarinas também escreveu poemas eróticos.
Não se considerava um poeta, mas gostava de escrever poesia brejeira.
O título em português: As lamentações de um pelo dum cu de mulher.
Ora apreciem o texto em V.O.


Il est dur lorsque sur la terre
Dans le bonheur on a vécu
De mourir triste et solitaire
Sur les ruines d'un vieux cul.
Jadis dans une forêt vierge,
Je fus planté, sur le versant
Qu'un pur filet d'urine asperge,
Et parfois un filet de sang.

Alors dans ce taillis sauvage,
Les poils poussaient par mes sillons,
Et sous leur virginal ombrage,
Paissaient de jolis morpions.
Destin fatal ! un doigt nubile
Un soir par là vint s'égarer,
Et de sa phalange mobile
Frotter, râcler et labourer.

Bientôt au doigt le vit sucède,
Et, dans ses appétits ardents,
Appelant la langue à son aide;
Il nous déchire à belles dents.
J'ai vu s'en aller nos dépouilles
Sur le fleuve des passions,
Qui prend sa source dans les couilles,
Et va se perdre dans les cons.

Hélas ! l'épine est sous la rose,
Et la pine sous le plaisir
Bientôt au bord des exostôses,
Des chancres vinrent à fleurir.
Les coqs de leur crête inhumaine
Se parent dans tous les chemins :
Dans le département de l'Aine
Gambadent les jeunes poulains.

Mais, quand le passé fut propice,
Pourquoi songer à l'avenir ?
Et qu'importe la chaudepisse
Quand il reste le souvenir ?
N'ai-je pas vu tous les prépuces,
Avoir chez nous un libre accès,
Alors même qu'ils étaient russes,
Surtout quand ils étaient français.

J'ai couvert de mon ombre amie
La grenette de l'écolier,
Le membre de l'Académie,
Et le vit du carabinier.
J'ai vu le vieillard phosphorique,
Dans un effort trop passager,
Charger avec son dard étique,
Sans parvenir à décharger.

J'ai vu - mais la motte déserte
N'a plus de flux ni de reflux,
Et la matrice trop ouverte,
Attend vainement le phallus.
J'ai perdu, depuis une année,
Mes compagnons déjà trop vieux,
Et mes beaux poils du périnée
Sont engloutis dans divers lieux.

Aux lèvres des jeunes pucelles,
Croissez en paix, poils ingénus.
Adieu, mes cousins des aisselles,
Adieu, mes frères de l'anus !
J'espérais à l'heure dernière,
Me noyer dans l'eau des bidets,
Mais j'habite sur un derrière
Qu'hélas on ne lave jamais.

- Il eut parlé longtemps encore,
Lorsqu'un vent vif précipité,
Broyant, mais non pas inodore,
Le lança dans l'éternité.
Ainsi tout retourne dans la tombe,
Tout ce qui vit, tout ce qui fut,
Ainsi tout change ainsi tout tombe,
Illusions... et poils du cul.

Jules Verne

terça-feira, 2 de agosto de 2011

"The birth of a blog!"- In color where available


Convido-os a dar uma espreitadela ao blog dos meus amigos, que apesar
do que possa parecer, não vai ser sobre o álbum homónimo mas sim sobre
toda aquela época. Já que um deles passa o tempo a recolher desenhos que eu
não tenho espaço para guardar, vão poder seguir os meus rabiscos.

http://www.ofadoilustrado.blogspot.com/

domingo, 24 de julho de 2011

Fala para a mão que a cabeça está cansada.

Dois amigos meus repararam e com razão que nestes últimos tempos
os artigos deste blog têm tido cada vez menos texto. A razão é que não
tenho tido tempo para mais. Como somos amigos do peito e de pensamento,
(e de clube), ofereceram-se para serem eles a escrever os textos e a
utilizar desenhos dos meus álbuns ou mesmo outros já publicados neste
blog. A ideia pareceu-me boa, mas na verdade eu preferi ser eu o único
a redigir no "Falta apagar o lápis". Assim nasceu a ideia de eles criarem
um novo blog, com textos deles e esboços ou desenhos meus que lhes
irei proporcionando.Em vez de irem para o lixo, serão entregues à hora
da bica da tarde. Toda a gente fica contente. São o género de pessoas
que me conseguem provocar gargalhadas e de certeza que a página irá ter
bons momentos. (Desde que não abusem de escrever sobre futebol).
Em breve indicarei aqui o link do blog.
Quanto ao "Falta apagar o lápis", irá publicando a um ritmo mais lento,
e conforme terei tempo.

Um grande abraço para todos os homens e mulheres de boa vontade.

Jorge Miguel


quarta-feira, 20 de julho de 2011

Compre um livro

quinta-feira, 14 de julho de 2011

D. Carlos e o ultimato inglês



O rei e o o conde de Arnoso falam sobre o panfleto de Guerra Junqueiro.

Do álbum
"O Fado Ilustrado"

de Jorge Miguel.
Cores de João Amaral.
Editora Plátano

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O mistério da Ilha de Páscoa


Foi encontrado recentemente um descendente dos antigos habitantes
da Ilha de Páscoa. A mãe do indivíduo foi um dos modelos para Pablo
Picasso pintar "Les Demoiselles d'Avignon" que terá viajado até França.
Segundo alguns, a origem destes seres deve-se a uma manipulação
genética praticada pelos Annunakis sobre a raça humana e que foram
descritos pelos antigos sumérios.

N.B. O quadro Les demoiselles d'Avignon, representava um grupo de
prostitutas. Penso que os Annunakis vieram até à Terra para criar uma
legião de meretrizes de baixo custo para depois importá-las para o seu
planeta. O fetiche de fazer amor com uma mulher com a cara parecida
com um pé não teria muito sucesso entre os terráqueos.

sábado, 9 de julho de 2011

So long!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O milagre das rosas

É o inconveniente de praticar sexo no jardim:
Ficam todo o género de coisas agarradas à saia.

domingo, 3 de julho de 2011

sexta-feira, 1 de julho de 2011

O futebol e a matemática


A aprendizagem da matemática através das equipas de futebol
para os mais pequenos. Uma série de livros da autoria de
Claudia Sofia de Almeida e ilustrado por Jorge Miguel.
Editado pela Porto Editora.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Vomitorium

Lembro-me de ler e de ouvir durante muitos anos que os romanos
da antiguidade costumavam comer como abades e como bestas durante
as suas famosas orgias. Quando a pele da pança já não aguentava mais,
supostamente iam dar um volta ao Vomitorium que seria o sítio onde
regurgitavam o que tinham banqueteado, para criar espaço para poderem
continuar a patuscar. O que sempre me pareceu suspeito foi o facto de
(penso eu) ser pouco apelativo ir comer mais e à fartazana depois de ter
vomitado, mesmo sendo romano de barba rija.
Na verdade, o Vomitorium, sabe-se hoje, era um corredor
por detrás dos edifícios para espectáculos, tais como o Coliseu, onde
a multidão saía depois dos combates sangrentos, parecendo ser como
vomitada pelo próprio edifício. Um acto natural, se pensarmos que
depois de assistir aos massacres de cristãos, ou às mortes de gladiadores,
qualquer coliseu mais sensível pode sentir uma náusea no estômago.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Lisbeth Salander

Lisbeth salander é uma personagem da trilogia Millenium do falecido autor
sueco Stieg Larsson. Já havia algum tempo que a ficção contemporânea não me
entusiasmava assim. Faz lembrar o modo de escrever de Patricia Highsmith.
Uma obra a ler e a apreciar sem moderação.

P.S.
Um detalhe engraçado: Para criar a personagem de Lisbeth, o autor quis
uma Pipi da meias altas (outra sueca) adulta e moderna.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Palavras sábias

Ontem comecei a pensar... e depois fiz outra coisa.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Camões perde olho direito ao largo de Ceuta


Agora experimentando a fúria rara
de Marte, que cos olhos quis que logo
visse e tocasse o acerbo fruto seu.
(e neste escudo meu
a pintura verão do infesto fogo);



Do álbum Camões - De vós não conhecido nem sonhado

Compre português

O que é tuga é bom!



quinta-feira, 16 de junho de 2011

Menina do Mar goes to Hollywood

Relax! Bem vindo à cúpula do prazer!



quarta-feira, 15 de junho de 2011

terça-feira, 14 de junho de 2011

Despoleta e deslarga

Está na moda o termo "despoletar". Na televisão tal como no dia a dia
"despoleta-se" a torto e a direito. O sentido que se quer dar é de
desencadear algo. Seria o equivalente ao trigger something anglo saxónico
este termo existe: espoletar. O percutor atinge a espoleta que acende
um rastilho e faz rebentar a carga da granada.. O termo "despoletar"
quereria dizer precisamente o inverso ou seja desarmar a espoleta
e impedir assim a detonação. Penso que a utilização a contra sentido
se deve ao facto de se confundir a anilha com a espoleta.
O prefixo "des" já se apoderou do verbo "largar" e vai por aí minando
o terreno da língua desportuguesa como um campo de minas deslargadas
e despoletadas.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Fernando Pessoa (13 de Junho de 1888 -30 de Novembro de 1935)


Tabacaria

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
à parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a pôr humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.

Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.

Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.

Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei-de pensar?

Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Génio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho genios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicómios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora génios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chuva, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistámos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordámos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.

(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)

Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
A caligrafia rápida destes versos,
Pórtico partido para o Impossível.
Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
A roupa suja que sou, em rol, para o decurso das coisas,
E fico em casa sem camisa.

(Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,
Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
Ou não sei que moderno - não concebo bem o quê -
Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada.
Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)

Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente

Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.

Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.

Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olho-o com o desconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, e os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,

Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.

Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?),
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.

Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.

Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.

(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez fosse feliz.)
Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.
O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheco-o; é o Esteves sem metafísica.
(O Dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.

Álvaro de Campos



quinta-feira, 9 de junho de 2011

10 de junho, dia de Camões


Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

Luís de Camões

(soía = costumava)


A vinheta pertence ao álbum
"Camões de vós não conhecido nem sonhado"

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Castelos de Portugal

Este desenho serviu de base para um poster de 1m20 de altura
com os principais desenhos de Portugal. Ficou catita.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

As minas do rei Salomão

A não confundir com as "meninas" do Saúl Mão, rei da noite de Alguidares
de Baixo e proprietário da boite nocturna "Allan Quatermain".

sexta-feira, 3 de junho de 2011

O Fado Ilustrado no Facebook

http://www.facebook.com/pages/O-Fado-Ilustrado/165379213524487?sk=wall

quinta-feira, 2 de junho de 2011

ICH BIN HAMBURGUER!


Agora temos pepinos mutantes vindos de Hamburgo, na Alemanha.
Durante a sua visita a Berlim, o presidente JFK disse uma das suas
frases mais célebres: "Ich bin ein berliner". Ora parece que a fórmula
exacta seria "ich bin berliner". O presidente disse assim ser uma bola
de Berlim e não um habitante de Berlim. A multidão não achou por bem
de rir e fez muito bem: não há nada de cómico numa bola de Berlim.
Se ele tivesse dito um donut, já tinha mais graça.
Agora estes Killer Pepinos Mutantes de Hamburgo!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

O Fado Anadia


O Fado Anadia escrito pelo guitarrista José Maria dos Cavalinhos
e aqui cantado pela fadista Cesária.

Vinheta retirada do álbum O Fado Ilustrado.
As cores são de João Amaral

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Leonor Teles

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Programa NOVAS OPORTUNIDADES

Depois do sucesso obtido com a experiência do 12º ano, estão abertas as
inscrições para a próxima fornada de cursos NOVAS OPORTUNIDADES.
Desta vez para o diploma de MÉDICO.
Sonhas em ser médico? Inscreve-te para o exame/teste. Prepara uma
redacção com o seguinte tema: "Conta como seria a tua vida com
o ordenado
de um médico e o fácil acesso a fármacos".
O teu emprego estará garantido: Está em projecto a construção em
todo o país de uma rede de clínicas low-cost com cuidados médicos e
diagnósticos prestados exclusivamente por "médicos novas oportunidades".

Temos um primeiro ministro low-cost, mas no entanto nunca
o país teve de pagar tanto por um governo.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Querido diário...


Querido diário,
Hoje o Tozé nem olhou para mim.
Tenho 13 anos e a minha vida acabou.

domingo, 22 de maio de 2011

"Portuguesices"




De vez em quando aparecem referências positivas relativas ao nosso belo país
nas séries americanas. Numa das sequelas da série Stargate, uma das técnicas
da cidade de Atlantis veste um gibão com a bandeira portuguesa. Na série
O Mentalista
a detective principal chama-se Teresa Lisbon, personagem
interpretado pela bela Robin Tunney.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

By the pricking of my thumbs, something wicked this way comes.

Terão reconhecido uma das bruxas do Macbeth de Shakespeare.
Naquela altura os resultados dos cremes de beleza ainda estavam
eram muito aleatórios. As experiências acabavam muitas vezes por
desfigurar os pacientes. Felizmente com esta sujeita o creme foi
um sucesso. Um "rapiende" como dizem os brits.