domingo, 30 de janeiro de 2011

Urbain Grandier

Urbain Grandier foi um padre francês do século 17 que vivia na zona de
Poitiers e que ousou aborrecer o cardinal Richelieu com alguns panfletos
pouco elogiosos para o governante. Este padre tinha uma grande queda
para mulheres bonitas e infelizmente para ele era pouco discreto. Além
disso atraiu a ira de algumas freiras que foram sexualmente ignoradas
por ele por não preencher os requisitos de beleza exigidos pelo amante
católico. Foram essas logo as primeiras que o acusaram de as ter
abusado sexualmente, sucumbindo ao poder diabólico que ele exercia
sobre as mulheres, fazendo-as levantar o hábito eclesiástico e deixar o
caminho livre para o triângulo das Bermudas (algumas vestiam calções curtos)
onde o pobre homem foi mergulhar para o inferno. O cardeal Richelieu
viu ali uma oportunidade para se livrar do critico e acusou-o de bruxaria
e de pacto com o diabo. Na verdade não lembra nem ao diabo as torturas
que Urbain teve de suportar antes de morrer. Foram descritas pelas
testemunhas de então e aproveitadas para livros (Aldous Huxley) e
para filmes (The Devils). Este último em que o actor Oliver Reed fez
o papel do padre teve de ser cortado, remontado, mutilado afim de ser
apresentado ao público. Apesar de mostrar muito pouco, sugere muito.
Essa sugestão arrepia o espectador mais imaginativo e devo confessar
que nem me atrevo a descrever algumas cenas que deixam a série "Saw"
a milhas na escala do terror. Karl Marx dizia que a religião é o ópio do
povo. Também pode ser o Crack.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

República vs Monarquia

Se o Estado passasse de uma República para uma Monarquia parlamentar
será que esse mesmo Estado passaria a gastar menos? E como se chamariam
então os consultores, gestores e outros seres mamamíferos? Cortesãos,
provavelmente. No nosso caso concreto não me admirava nada que passeassem
pelos corredores do poder alguns mignons como na corte do Henrique III.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A Cigarra "Rasta" e a Formiga "Saloia"


A Cigarra- Não me dás nada, broda'? Rastaparta!
A Formiga- Vai majé cortar echa gadelha!

sábado, 22 de janeiro de 2011

Santos- Dumont contorna a Torre Eiffel em "charuto voador"

Estamos em 1901. O "brasileiro voador" ganha prémio
de 100 00 francos ao contornar num balão a senhora de ferro
parisiense, feito que muitos na altura achavam ser impossível.
O que prova que quando nos enchemos de ar, damos a volta
até à mais puritana e fria das demoiselles.

Ilustração pertencente ao livro "Chamo-me Sacadura Cabral", editora Didáctica

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

ZZ TOP - La Grange

Hoje excepcionalmente vou trautear uma música óptima
para quem está a conduzir durante uma longa viagem e lhe
vai dar um pouco do sabor do pó de estrada 66 nos EUA:
La Grange, dos ZZ TOP.

Tsoïn, tsoïn, tsoïn, tsoïn, tsoïn, tsoïn, tsoïn, tsoïn, (viola baixo)

-Have mercy
dugadumgadumgadumdum (bateria)
tsoïn, tsoïn, tsoïn, tsoïn, tsoïn, (guitarra)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Querido diário... em Lamego


Durante o meu serviço militar em Lamego, aprendi que as chamadas
GAM (Ginástica de Aplicação Militar) foram renomeadas pelas sucessivas
gerações de recruta para Ginástica Até à Morte. Essas sessões que podiam
durar horas, eram efectivamente de uma violência que frequentemente
fornecia recrutas aleijados para a chamada "brigada dos reumáticos".
Humor era coisa que não havia naquele quartel de Penude. No entanto
quando ás 6 da manhã, ao anunciar pelo altifalante da caserna que ia
haver eminentemente uma GAM na parada de terra, o alferes S.
conseguiu um largo sorriso amargo pela parte dos cadetes. Anunciou
assim aos nossos ouvidos ainda atordoados pelo sono:
"Querido diário... hoje durante a GAM... (tá a formar)... apetece-me
atestar na marmita aos cadetes e instruendos."

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Quel nez! Mais quel nez!

Com um perfil assim, até o Panoramix se teria apaixonado.


quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Intolerável discriminação!

Interrogados sobre os seus hábitos de leitura, 80% dos portugueses
confessam dar uma vista de olhos no jornal somente para ler as gordas.
Parece assim que as gordas são mais acessíveis do que as magras.
Será que são mais fáceis? Estamos à beira do insulto. E o que se passa
com as magras? Não valem a pena folhear? Nem em bold? A partir de
agora proponho que já não haja gordas nem magras nos jornais portugueses.
Passam a ser todas itálicas. Haverá as itálicas rechonchudas e as itálicas
delgadas.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Uma mãe

"Todas as mulheres acabam ser como as suas mães. É a sua tragédia.
Com os homens não acontece. É a sua tragédia."
Oscar Wilde

domingo, 9 de janeiro de 2011

Mitos urbanos - O elevador com vontade própria.


Quem é que já não ficou entalado dentro de um elevador durante
um apagão? A sensação pode variar do simples desconforto ao
súbito ataque de claustrofobia. Os elevadores, também chamados
"caixões verticais" já causaram muitos sustos inclusive no mundo
do cinema. Recentemente até os parques de atracções como a
Eurodisney têm o seu elevador da morte. Estar fechado dentro de
uma caixa e com a vida presa a um fio (é um cabo!), pode dar
vontade de começar a arranhar as paredes do elevador e a babar
espuma caso este avarie e nos deixe sem resposta no telefone
de urgência. Muita gente particularmente receosa costuma
experimentar o botão de alarme mesmo antes de pôr o elevador a
funcionar para ver se não está lá só "para inglês ver". Há um
relato recente de uma senhora idosa que começou a escalar os
doze andares de escadas do seu prédio quando soube que os cabos
que suspendem o seu "Otis" provinham da china.
O elevador também é palco da anedota mais estúpida que conheço:
"O que é verde, redondo, e que sobe e deixe?... uma ervilha
dentro de um elevador".

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Partida da familia real da Ericeira


Já não era a primeira vez que a família real portuguesa era obrigada
a deixar o território nacional para o exílio no estrangeiro. Já D.João
o tinha feito antes. Mas em 1910 o feito era mais triste pela simples
razão de que o acontecimento era provocado pelo próprio povo do
monarca. Partir do seu próprio país contra a sua vontade e sem saber
se algum dia se poderá voltar é um dos castigos mais pesados para
alguém que ama a terra dos seus antepassados. É uma pena que só
deveria ser imposta a um traidor à pátria. Não acontece só à realeza.
Tomemos o exemplo da França cuja História é rica em exemplos
deste tipo. Vou lembrar dois casos bem diferentes com duas pessoas
que nada têm a ver uma com a outra: O general DeGaulle e o cantor
Michel Polnareff. Em 1968, o general DeGaulle, então presidente
da República, assustado pela revolta estudantil chamada de "68",
foge do seu país sem sequer avisar o seu primeiro ministro da época,
Georges Pompidou. O mais curioso é que a terra que escolheu para o
seu "recolher estratégico" é precisamente o qual provocou o seu exílio
uns anos antes durante a segunda guerra mundial, a Alemanha.
Irónico, não? Durante a década de 70, o cantor popular Michel Polnareff
foi banido de França por ter colocado nos muros da capital um cartaz
promocional do seu espectáculo ao vivo onde aparecia vestido de mulher
levantando a saia onde deixava ver parte do rabo perfeitamente depilado.
Hoje quando se pensa no que se faz e no que se diz de maneira impune,
até dá para rir. No seu exílio americano, escreveu uma das suas canções
mais bonitas, "Lettre à France" onde chora a saudade do seu País.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Era uma velha...



segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

ROAR!

domingo, 2 de janeiro de 2011

Guerra Junqueiro - Har Har

Lembrei-me de um antigo desenho animado dos Hanna-Barbera,
em que entrava a hiena Hardy Har Har. (Lippy the lion)
Neste caso seria Simão o leão.