quinta-feira, 28 de abril de 2011

Fotografias "a la minuta"(s)

Um leitor perguntou-me se na página 18 de O Fado ilustrado, a gerigonça
utilizada pelo polícia era um instrumento de tortura; Sim e não. Naquele tempo,
tirar o retrato a alguém implicava o sujeito estar sem se mexer durante longos
minutos. A nuca tinha de repousar em cima daqueles ferros para não parecer
desfocada. outro leitor perguntou se era um dos aparelhos do senhor Bertillon.
Com efeito o polícia francês Alphonse Bertillon inventou um processo de
identificação dos criminosos em que se usava também uma série de instrumentos
de aspecto rebarbativo. Não era aqui o caso. Esse métodos serão usados um
pouco mais tarde em Portugal para tentar encontrar um paralelo entre as
feições dos padres e as dos criminosos. Dá para rir. (Se bem que...)

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Uma mulher que pratica...


Se uma mulher que pratica um aborto comete um homicídio,
um homem que se masturba comete um genocídio?



sexta-feira, 22 de abril de 2011

Dia da Terra - 22 de abril

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Ulisses e Polifemo

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Cortex


Há dias vi um filme francês cuja personagem principal era
uma pessoa com a doença de Alzheimer. É um mal terrível
para o paciente mas não sei se mais ainda para a família,
que passa a ser um conjunto de estranhos. Esquece-se o
nome, esquecem-se as tarefas domésticas mais rudimentais,
e começa-se uma viagem penosa até ao mundo tranquilo dos vegetais.
O que o filme tem de atractivo, além do principal protagonista ser
o excelente André Dussollier, é que o paciente (antigo comissário
de polícia) terá de desvendar uma série de crimes dentro da
clínica onde está internado ao mesmo tempo que vai perdendo
a memória imediata. Nada de hollywoodismos, apenas um bom
polar cheio de finesse.

N. do A. Segundo consta, a medicina moderna está mais avançada
a prever a impotência masculina do que a da perda de memória,
o que vai implicar daqui a uns anos, os velhotes terem erecções
magistrais mas já não se lembrarem para o que serve.

sábado, 16 de abril de 2011

Camões

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O Fado ilustrado - O processo criativo- (parte II)

Há poucos dias atrás, alguém me perguntou porque é que eu tinha
desenhado a rainha D. Amélia tão alta em relação ao rei D. Carlos,
e se era uma maneira de ridicularizar este último ou a própria
monarquia. Que nenni! diria a nossa rainha de origem gaulesa.
D. Amélia media 1m82 e era uma mulheraça. Como diria um
amigo meu do Porto, era uma toura. houve aliás alguns rumores
de que ela tardou em casar por não encontrar mais cedo um
príncipe que aceitasse de bom grado passar por meia-leca nas
cerimónias protocolares ao lado daquela figura colossal. O nosso
príncipe sabia bem que os portugueses não se medem aos palmos
e não teve problemas com isso. No álbum não pude falar de tudo
e tenho alguma pena não ter cavado mais sobre a atitude generosa
que aquela mulher teve perante o povo português mesmo depois
de ter sido banida. Sem conotações políticas, eu diria que ela merecia
um álbum só para ela.

N. do A. No Porto soube que abaixo da toura, existe a febra, e mais
pequena e mais delgada ainda, pode conviver com uma filete.

terça-feira, 12 de abril de 2011

O Fado Ilustrado - O processo criativo - (parte 1)



Foi finalmente publicado O Fado Ilustrado. Para quem esteve a par
dos acontecimentos sabe que o atraso da sua publicação se deveu ao
facto da pessoa que era suposta ajudar-me ter registado a obra em nome
dela acrescentando-lhe uns detalhes enfadonhos e desajeitados de novela
mexicana e ameaçando com o facto de ser advogada(?). Quis fazer chantagem
comigo e com a editora para incluir integralmente o seu lixo na obra.
Há galinha que cacarejam mas sem todavia porem o ovo.

Na altura ainda não tinha título. A minha ideia era criar um enredo
ligando várias personagens que tivessem todas vivido naquele tempo
e que por alguma razão estivessem ligadas. O fio condutor tinha-o mesmo
colado num poster na parede do meu atelier: "O FADO" do pintor
Malhoa. Quando soube que os modelos para aquela obra tinham sido
personagem reais, fez-se luz na minha mente: Ligar toda esta gente
toda: O meu escritor preferido, o Eça, o Ramalho, os outros Vencidos
da vida, grupo a que pertencia também o rei D. Carlos, o Grupo do
leão a que pertencia Malhoa, as figuras pitorescas do bairro da Mouraria
(as personagens que utilizo existiram realmente), fadistas da época,
tudo num ambiente de ameaça terrorista por parte da Carbonária
portuguesa. Note-se para a "pequena" História que a massa Carbonara
ganhou o nome a partir de aí.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

E se o príncipe for feio?

Imaginem a cara do rei, se num conto de fadas, quando lhe apresentam
os pretendentes à mão da sua linda filha, encara meia dúzia de labregos,
de monstros, de papalvos, todos mais ferozes e feios uns que os outros.
Pode acontecer na vida real: Vejam a bela Carla bruni e o presidente
francês Sarkozi: a Branca de Neve casou com o anão.

domingo, 3 de abril de 2011

Eça e Ramalho

Uma prancha do álbum "O Fado ilustrado"onde acontece
um diálogo entre o Eça e o Ramalho na Lisboa do fim do século XIX.
O carro puxado a cavalos tinha a alcunha de americano e está muito
presente em toda a obra do Eça de Queirós.

sábado, 2 de abril de 2011

IMAGINE

Quando eu era adolescente recebi como prenda de anos um single
do john Lennon intitulado "Imagine". Este desenho foi inspirado na
capa desse disco. Mais tarde comprei eu outro single do Elton John
com o título "Empty garden". Não sabia na altura que os dois trabalhos
estavam ligados pela pessoa do Lennon, que já tinha sido assassinado.
"Empty garden" conecida pelo refrão "hey, hey Johnny) foi uma
homenagem póstuma ao cantor pela parte de E. John e B. Taupin.
A canção é lindíssima mas foi posta de parte por E. John por achar
demasiado doloroso interpretá-la, sendo ele um grande amigo e
admirador do ex-Beatle. Está no U Tube e aconselho a ouvi-la
tendo em conta o contexto.