
quando ainda há tanta gente para desiludir?"

O vídeo de apresentação do meu amigo Paulo Henriques,
Mais uma romance que nasceu de uma brincadeira com os
   No plaino abandonado
 Que a morta brisa aquece,
  De balas traspassado
 - Duas, de lado a lado -,
  Jaz morto, e arrefece.
   Raia-lhe a farda o sangue.   
  De braços estendidos,
 Alvo, louro, exangue,
  Fita com olhar langue
 E cego os céus perdidos.
   Tão jovem! Que jovem era!   
  (Agora que idade tem?)
  Filho único, a mãe lhe dera
  Um nome e o mantivera:
 "O menino da sua mãe".
   Caiu-lhe da algibeira
  A cigarreira breve.
  Dera-lhe a mãe. Está inteira
  E boa a cigarreira.
 Ele é que já não serve.
   De outra algibeira, alada   
  Ponta a roçar o solo,
  A brancura embainhada
 De um lenço... Deu-lho a criada
  Velha que o trouxe ao colo.
   Lá longe, em casa, há a    prece:
  "Que volte cedo, e bem!"
 (Malhas que o Império tece!)
  Jaz morto, e apodrece,
  O menino da sua mãe.
Fernando Pessoa
Todos nós temos um sonho... ou para parafrasear Voltaire,
Foi o artista Columbano Bordalo Pinheiro que por assim
Sim, porque o castelo não nasceu logo com aquele
