segunda-feira, 18 de abril de 2011
Cortex
Há dias vi um filme francês cuja personagem principal era
uma pessoa com a doença de Alzheimer. É um mal terrível
para o paciente mas não sei se mais ainda para a família,
que passa a ser um conjunto de estranhos. Esquece-se o
nome, esquecem-se as tarefas domésticas mais rudimentais,
e começa-se uma viagem penosa até ao mundo tranquilo dos vegetais.
O que o filme tem de atractivo, além do principal protagonista ser
o excelente André Dussollier, é que o paciente (antigo comissário
de polícia) terá de desvendar uma série de crimes dentro da
clínica onde está internado ao mesmo tempo que vai perdendo
a memória imediata. Nada de hollywoodismos, apenas um bom
polar cheio de finesse.
N. do A. Segundo consta, a medicina moderna está mais avançada
a prever a impotência masculina do que a da perda de memória,
o que vai implicar daqui a uns anos, os velhotes terem erecções
magistrais mas já não se lembrarem para o que serve.