sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Réveillon 2011

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O templo de Évora

O templo que ao princípio nada tinha a ver com a deusa Diana,
e que era originalmente rodeado por um contorno de água.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Alto e pára o baile!



-Alto e pára o baile, que apalparam o rabo à minha filha!

- Deixa estar, pai, não faz mal...
-Siga o baile que ela é puta como a mãe!

Esta versão da célebre expressão portuguesa foi-me dada
por um camarada do exército durante a minha estadia em
Lamego. No entanto é mais que provável que haja por aí
algumas variantes.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Festas Felizes!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Frankie goes to Hollywood

Os FGTH foram uma banda dos anos 80 que influenciaram muito
as minhas opções musicais e até gráficas. Utilizavam uma iconografia
notável com inspiração na guerra fria, no visual da propaganda socialista
soviética, e até alguma inspiração numa fase do Picasso. a música era
vibrante como um comício histérico ditado por algum ditador de pacotilha,
ou não fossem as faixas produzidas pelo genial Trevor Horn dono da casa
ZTT. A voz de holly Jonhson não era propriamente a de um prodígio,
mas era eficaz e atingia o objectivo.
Welcome to the Pleasuredome!


quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Contra o aborto

Depois do falso alarme da penúria do açúcar vamos ter falta de ovos
nas prateleiras dos supermercados. Com efeito foi anunciado um
protesto em larga escala por parte das galinhas deste país que consideram
o consumo de ovos um crime contra a espécie galinácea. O aborto
forçado, entenda-se a transformação do ovo em alimento, é puro e
simplesmente um assassinato hediondo que os humanos praticam
há séculos e em total impunidade. O ovo contém o feto de pintos
sãos e foram concebidos com total consentimento dos pais. Não estamos
aqui a falar de mães franganitas de cabeça no ar que perderam a cabeça
durante uma noite de loucura enfeitiçadas pelo charme do galo; Estamos
sim a falar de galinhas responsáveis pelo seu corpo, (muitas delas leram
Simone de Beauvoir), e que reclamam o fruto do seu amor que
periodicamente lhes sai do rabo.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

As viagens dos portugueses

Nada mais pitoresco do que o português em viagem. Não estou a falar
de caravelas, nem de descobrimentos. Estou a lembrar-me daquelas
viagens de autocarro ou de camionetas regionais em que se destaca
o farnel português. Enquanto as outras nacionalidades transportam
sanduíches que cabem num bolso e no buraco de um dente, o bom
português não se acanha, onde quer que esteja, em tirar a tampa do
tacho para deixar exalar o bom odor de uma feijoada ou de umas
boas carnes fumadas como só se fazem na nossa terra. E o nosso vinho
mesmo carrascão, parece que dá alegria a quem está à volta só de ouvir
a rolha a saltar. Várias vezes assisti a cenas destas, onde viajantes do
norte da Europa se viram a provar carnes de partes do porco de que
nunca tinham ouvido falar, e a beber com franco gosto, vinhos cujo nomes
soa a gargarejos perante um ouvido escandinavo. Contrariamente
ao que se diz, o povo português não é triste: É que a tristeza, por vezes,
é muito parecida com a alegria dos pobres.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

As mulheres e os sapatos: Uma história de Amor-Indiferencia

"26 pares de sapatos ainda por estrear
lá em casa e não tenho nada para
calçar para a passagem de ano."

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

The good, the bad and the ugly.


Quando vi pela primeira vez O bom, o mau e o vilão, de Sergio Leone,
pensei que se um dia fosse realizador de cinema, seria daquela maneira que
quereria filmar as cenas. Foi uma revelação. E não só no cinema: Já se fala
em BD ao estilo do western spaghetti, (entenda-se com realizador italiano
e filmado em Espanha). O sucesso de filmes como Once upon a time in the
west
acabou por ser tão brilhante, que os americanos acabaram por copiar
os italianos em coboiadas filmadas nos EUA. Sergio Leone, o génio por detrás
desse sucesso, ainda chegou a assinar com um nome americanisado. Hoje,
alguns dos peplum onde ele participou como "americano" têm entre parênteses
o seu verdadeiro nome como para garantir a qualidade.
Clint eastwood nunca teria o estatuto que tem sem os western spaghetti.
Hoje em dia, se se quiser criar um ambiente de duelo entre pistoleiros seja para
uma publicidade, seja para anunciar um western, a primeira imagem que logo é
identificada é a de dois tipos mal barbeados com ponchos empoeirados a mastigar
um charuto e um ar flauta ou de harmonica de Ennio Morricone. Não os
"limpinhos" John Wayne ou Gary Cooper.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Chocolate - Uma coisa para adultos

Uma bebida à base de cacao já fazia sucesso nas mesas da nobreza azteca
no século XIV. A sua preparação incluía ingredientes picantes e eram-lhe
atribuídas virtudes revigorantes e afrodisíacas. Segundo relatos dos
conquistadores espanhóis, o rei autóctone nunca visitava o seu harém sem
primeiro beber a sua "poção mágica". Quando os castelhanos trouxeram o
que viria a ser o chocolate para a Europa, a nobreza espanhola apoderou-se
daquele alimento, que apesar do seu bom gosto, servia essencialmente para
despertar paixões ou pelo menos para os seus adeptos ficarem alertas. As
damas da alta sociedade espanhola criaram o costume durante as longas e
fastidiosas missas, de lhes serem servidas uma bebidas à base de chocolate
para conseguirem ficar acordadas durante as ladainhas em latim. Os padres,
irritados, tentaram proibir aquela moda, mas ao darem as suas missas para
bancos sem fiéis, acabaram por aceitar o chocolate quente "cristianizado".
Desde aí, o chocolate foi até a bebida preferida dos cardeais durante os
longos conclaves.
Louis XIV, rei de França, foi grande consumidor de chocolate
e oferecia-o generosamente às amantes mais reticentes às suas carícias.
G. Casanova foi outro grande adepto do chocolate, tal como W. Mozart.
No século XVII, convidar uma dama para ir beber um chocolate em
tête-à-tête
tinha obviamente outras implicações. Se hoje em dia alguém
lhe propor um chocolate quente depois de um lição de História, já sabe:
Ou invente uma dor de cabeça, ou vá despindo as calças.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Dezembro pasmado.


Dezembro atende à porta e fica pasmado porque:
1- Não estava à espera de visitas?
2- Pensava que era a linda vendedora ruiva da AVON
e afinal é um camionista a vender calendários?
3- Alguém o avisa de que este ano não vai receber o 13º mês?
4- Putos tocaram à campainha e piraram-se?
5- Pedem-lhe para responder a um inquérito sobre o armamento
nuclear da Suiça ?

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A solidão do embrulhador de prendas de Natal


Esta manhã quando visitei um hipermercado para adiantar já
algumas prendas de Natal, assisti a uma cena digna de um
romance de Leslie Charteris. Depois de me proporcionar uns
quantos metros de papel de embrulhar, a empregada informa-me
que este ano, são os próprios consumidores que têm de fazer
os seus próprios embrulhos. Foi-me assim indicado um local
subterrâneo junto ao parque automóvel onde eu poderia utilizar
fitas e papel fora da área de venda. Estava lá uma mesa grande
com tesouras presas por correntes e distribuidores de fita-cola
atarraxados ao tampo. Esses detalhes ampliados pelo efeito
da luz de néon, davam ao local um vago ar de ilegitimidade àquela
cena. Apareceram mais duas senhoras e um cavalheiro, já com
os seus papéis de embrulho ainda enrolados debaixo do braço,
e toca de embrulhar prendas. Na minha mente, comecei a idear
uma história sombria; Aquela gente, meio envergonhada vai-se
lá saber porquê, parecia estar a fazer algo de ilícito, naquela parque
de estacionamento de um hipermercado. Inserida num filme
de espionagem, aquela cena poderia parecer um bando de insurrectos
a fabricar bombas explosivas ou a manusear componentes para
drogas. É claro que a expressão facial dos "embrulhadores" dizia outra
coisa: dizia que estavam felizes pela alegria que iam causar aos seus
entes queridos. Para utilizar a bonita expressão de Quino em "Mafalda",
pareciam "terroristas da felicidade".
Penso que o ar meio-envergonhado das pessoas naquele momento,
era devido ao facto de estarem elas próprias a embrulhar as suas
prendas pelo facto de o hipermercado não querer pagar a empregadas
extras que poderiam fazer esse serviço. Claro que aquilo não era
o Harrod's, mas mesmo assim acho que "algo está podre neste reino",
(para parafrasear o escritor português Chico Espirro.)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Trincheira portuguesa

Um episódio trágico na História portuguesa. A batalha de La Lys
nas Flandres foi uma carnificina que os nossos heróis não mereciam.
Mal informados, mal preparados e sobretudo mal comandados e ao
bom prazer dos aliados estrangeiros.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Cromeleque de Almendres

Uma ilustração alusiva ao Cromeleque de Almendres, inserido num livro
que sairá nos próximos dias com textos de Carlos Rebelo e desenhos aqui
do setubalense de serviço. O tema será a História de Portugal contada
através dos seus monumentos. Alguns desses monumentos são bem conhecidos
e outros nem tanto. Nas ilustrações tentei utilizar uma visão diferente do
que se tem feito até agora. Um dos meus desenhos preferidos é o do
"rinoceronte" da torre de Belém. Comecei por desenhá-lo tentando devolver
a sua forma original mas acabei por deixá-lo como está, roído pelos rigores
atmosféricos. Era como devolver o nariz à Esfinge egípcia. "Sacrilège, sacrebleu!"

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Les bourgeois, c'est comme les cochons...

Um casal de burgueses portugueses no século XVIII.

Quando penso na palavra francesa bourgeois, duas maravilhas da cultura
me vêm à mente: Os Bourgeois de Calais do escultor Auguste Rodin,
e a canção de Jacques Brel, Les bourgeois.

"Les bourgeois, cést comme les cochons:
Plus ça devient vieux, plus ça devient bête,
Les bourgeois, c'st comme les cochons:
Plus ça devient vieux, plus ça devient..."

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Silves - Rua medieval

Sempre gostei de desenhar mulheres com dentes "abre-caricas".
Entretanto o guerreiro à esquerda com o cabo do machado parece
mais ser do género de rolha enfiada no...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Mulheres despidas e sem roupa, tendo a pele à vista de qualquer um.


Ah, que saudades das aguarelas tradicionais! O cheiro a químico do
papel Arches, a goma arábica peganhenta, os pincéis que insistem no
penteado de risco ao meio... Mas sobretudo os pingos involuntários
que vêm estragar a obra já quase acabada (e que pela lei de Murphy
vão cair em cima da zona do céu onde não se pode disfarçar). Por vezes
e por instinto procuro debalde as teclas Ctrl+Z para fazer UNDO.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Chapéus há muitos!


Durante o período chamado "Directório" da História de França que
seguiu a revolução francesa de 1789, houve uma nova corrente estética
em que os homens eram chamados os Incroyables e as senhoras as
Merveilleuses. Tratava-se de uma moda extravagante que veio tentar
alegrar um período negro, a Terreur, onde se decapitava tudo o que
mexia por "dá cá aquela palha". É um fenómeno que acontece muito
depois das guerras ou das grandes crises. Esses alegres adeptos de uma
moda extravagante, tinham ainda a particularidade de não empregar
a letra "r" enquanto falavam, o que no país da Mireille Mathieu torna
os diálogos rrrrridículos, para não dizerrrr irrrritantes.
Felizmente apareceu o Napoleão e essa moda de vestir e de falar fora
das normas voltou a um padrão mais tradicional e apareceram chapéus
de muito melhor bom gosto como estes usados na ilustração em que o
granadeiro da esquerda usa o chamado "caniche a cagar em cima do
penteado".


terça-feira, 16 de novembro de 2010

Sacadura Cabral desaparece no Mar do Norte.

Faz 86 anos este mês, que Sacadura Cabral desapareceu no Mar do Norte.
Este foi infelizmente o destino de muitos pilotos audazes que arriscaram
a vida pela paixão de voar; Lembro-me de Amélia Earhart ou de St Exupéry,
o autor do Petit Prince.

Obrigado ao Clube de História de Valpaços pelo Lembrete!

A ilustração foi tirada do livro Chamo-me Sacadura Cabral
da Editora Didáctica.

sábado, 13 de novembro de 2010

Inauguração dos caminhos de ferro em Portugal


Pela ocasião puseram a realeza a viajar acompanhada de mais uns quantos
nobres e notáveis, e lá foram eles pelos carris. À boa maneira portuguesa,
a locomotiva tinha sido comprada já velha e cansada aos ingleses, e por
isso mesmo tiveram de ir largando carruagens pelo caminho para sua
majestade chegar a bom porto sem dar grande barraca. Os outros tiveram
de seguir a pé. Faço ideia a risota que devem ter provocado nos ribatejanos
que estavam a assistir ao longo do percurso. Deve ter havido uma inflação
no preço do aluguer do burro e muitos saiotes finos devem ter deixado
vestígios nas urtigas.
-um sítio para fazer as suas necessidades, senhora marquesa? olhe tem
aí todo
este espaço à sua volta, que é meu mas que deixo a senhora
marquesa adubar.
E para a limpeza do seu nobre traseiro dou-lhe até
umas parras das minha
vinhas que além de deixarem as nádegas com
um travo a moscatel, vão lhe
aliviar as assaduras causadas pelo bigode
do senhor marquês!"

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A walk in the park


Esta expressão inglesa indica facilidade para uma acção. É engraçado
como a maior parte das expressões em várias línguas que pretendem
indicar facilidade ou falta de preocupação têm origem na comida:
"piece of cake", "c'est du gâteau", "como roubar um doce
a uma criança", "é canja!"
Outras têm a ver com partes do corpo: "les doigts dans le nez", "com
uma perna às costas" etc...

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Mendigos


Quando estava a apagar o lápis deste desenho estava a ouvir
estava a ouvir "Princes of the universe" dos Queen. Lembrei-me
então da cour des miracles do romance "Notre-Dame de Paris" do
Victor Hugo, onde apesar de ser uma "corte" onde só piavam
mendigos e estropiados, também tinham um rei. Dentro do nosso
universo social existem vários universos tal como no purgatório
dos nossos males existem outros purgatórios nem vislumbrados.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Terramoto de 1755

O terramoto que arrasou Lisboa e arredores (cidades como Setúbal foram
parcialmente destruídas) ocorreu num dia 1 de Novembro. Muitos escritores
filosofaram sobre a causa divina do acontecimento, tais como Voltaire, a
perguntar a sempiterna pergunta: "porquê?". Quem leu Astérix já sabe que
os celtas tinham previsto que mais tarde ou mais cedo o céu acabaria por
ruir por cima de algumas cabeças; ao contrário dos Maias, deixaram no
entanto a data em aberto. Por sorte naquela altura tínhamos um Marquês
de Pombal e um Pina Manique para tratar da reconstrução da capital. Se fosse
hoje, é provável que o primeiro ministro apressasse a construção do TGV
para se poder pirar mais depressa antes dos primeiros calhaus cairem.
Bem, alguns já caíram mesmo : o "jamais, jamais-mariolino" e o
"manuelpinheiro- vai-tourear".
Pelo menos a partir do fim do século XVIII ficámos com avenidas largas e
novas que pareciam megalómanas na altura mas que hoje já parecem bem
razoáveis( O Sebastião sabia, tudo, tudo ,tudo) , e com expressões derivadas
directamente do terramoto tais como "rés vés Campo de Ourique" e
"estas paredes oitocentistas parecem papel! basta um pequeno abanão!"

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Infante D. Henrique - O homem que ficou por terra.

Contrariamente ao seu cognome, D. Henrique ficou como
se costuma dizer em francês "sur le plancher des vaches".

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A Night at the Opera

"I see a little silhouette of a man,
Scaramouche, Scaramouche, will you do the Fandango?"


sábado, 23 de outubro de 2010

O que se passa na cabeça daquele homem?

Não sei ao certo, mas gostaria de estar agora com o mesmo género
de pensamentos. Vem-me sempre à memória aquela frase do
Nietzsche em que ele considera que o Homem atinge a maturidade
quando volta a empregar a mesma seriedade que tinha nas suas
brincadeiras de criança. A seriedade até pode lá estar, o prazer do
que tem de ser feito é que muitas vezes é sacrificado a favor de
prazos e de obrigações da vida.
N.B. Aquele gordo não sou claramente eu: Tenho (à vontade) mais
três cabelos na testa.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Mosteiro dos Jerónimos no século XVI

Acho que já falei neste blog de um sujeito lá para os lados de Britiande
que não sabia pronunciar o próprio nome. "Sou o Jenórimo".
" Eu já li livros sem imagens: li aquele daquel' guajo que batia nas mulheres:
O marquês de Sagres. " [sic]

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Mulher-soldado

Consta que existiram mulheres- soldado no tempo de D. João V.
Este desenho vem ilustrar uma ideia que sempre defendi: As mulheres
que se alistam nas forças militares deviam efectivamente passar um
teste de passerelle depois da primeira prova de ginástica de aplicação
militar (G.A.M).

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Emigrantes portugueses no final do século XIX


Pelo andar da carruagem, não me admiraria se voltássemos
ao uso da "mala de cartão" para recriar cenas como estas,
já que aparentemente um país inteiro pode ser "governados"
apenas com lábia e um olhar que parece dizer "não fui eu".
Incompetência na governação devia ser crime.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Desenhador de BD


Dito por um desenhador de BD: "Lá se vão mais duas décadas e
continuo a vender balões."

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Torre dos Clérigos

Por trás da torre do Clérigos existe uma igreja e uma enfermaria
que era destinada aos clérigos pobres da cidade. No entanto a popularidade
daquele conjunto arquitectónico deve-se sobretudo à torre de 75 metros
desenhada pelo italiano Nasoni. Não resisti a colocar na ilustração o meu
escritor português preferido e que não nasceu muito longe daquela praça.
Tem um ar de quem anda às beatas, não? he he ... "beatas" ... chegaram lá?

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

José Saramago - Prémio Nobel de literatura

- Olha ali na televisão o nosso Zezinho aqui da Azinhaga!
- Vê lá tu! Na televisão! Achas que isto também está a passar em Santarém?
- Em Santarém? Ó mulher! Isto até em Lisboa estão a ver!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Universidade de Coimbra

Estudantes na Via Latina no século XVI


quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Casal português "à antiga"

Todos nós lusitanos tivemos alguém no passado recente da nossa
família que se assemelhasse a este casal com mais ou menos pé
descalço. Aliás se olharmos para quadros antigos tais como os
painéis pintados por Nuno Gonçalves, é raro não haver alguém para
dizer :"Este parece o tio Arsénio!" ou "aquele tem mesmo a cara do
avô Gregório!".

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Marquês de Pombal manda incendiar...

Estamos em pleno século XVIII. O Marquês de Pombal manda incendiar
as cabanas dos pescadores no local onde se situa actualmente o centro histórico
de Vila Real da Stº António. É verdade que do último andar dos prédios
pombalinos das avenidas novas as cabanas tapam a vista ao tentar apreciar
o mar do Algarve.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Citânia de Briteiros



Um povoado pré-histórico situado no concelho de Guimarães.
Uma sugestão: vá fechar a janela que se está a constipar.

Cascais convida

Morreu o actor Tony Curtis


Não resisti de fazer um esboço muito rápido dum actor que marcou
a minha infância e adolescência com filmes como Taras Boulba e séries
televisivas como os "The persuaders". Apesar de ter adoptado bastante
cedo um gosto pela comédia, também fez filmes dramáticos como
"O estrangulador de Boston". Nasceu nos EUA mas de origem húngara
chamava-se na realidade Bernie Schwartz.
Tony Curtis (1925-2010)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Je t'aime, moi non plus


Na sua célebre canção Je t'aime, moi non plus, Gainsbourg
afirma que o amor físico não tem saída. Claro que ele está a referir-se
ao movimento de vai e vem indissociável do acto amoroso e que
repugnava tanto o Henry Stanley. (Je vais et je viens entre tes reins...
l'amour physique est sans issue)
. E ainda bem que o amor físico não
tem saída, senão seria como copular com um túnel de vento.
Na altura em que foi escrita a tal canção, Gainsbourg estava no
meio de uma relação com a Brigitte Bardot, que lhe terá pedido:
"Escreve para mim a mais bonita canção de amor de sempre".
O Serge não se fez rogado e descreveu na letra o que mais gostava
de fazer com uma B.B. que estava na plentitude da sua beleza,
e que era salta-lhe para a espinha.

N.d.A: O movimento in and out não é aplicável ás inglesas que como
toda a gente sabe, mexem-se menos que a gelatina.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

José de Sousa (hips) Saramago...

Muitas famílias têm alcunhas, sobretudo nas aldeias. "Saramago"
era a alcunha da família Sousa na povoação da Azinhaga. Assim o
funcionário do registo civil que num certo dia estava com os copos
decidiu rebaptizar o petiz; Ficou José de Sousa Saramago. O pai é
que não achou graça nenhuma e acabou mais tarde por adoptar
oficialmente a alcunha com medo que pensassem que o filho não
era dele. Ai aquele tinto do Ribatejo!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Fernando II visita as obras do palácio da Pena

Fernando II, rei de Portugal nascido na Áustria e segundo marido de D. Maria II
foi um grande protector das Artes. Foi ele que impulsionou a construção do
palácio da Pena em Sintra, uma obra lindíssima que evoca alguns episódios
da História de Portugal e onde a Bela Adormecida se sentiria em casa.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Uma profissão de futuro

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

es, as, ez, mac, son, 'o, itch, ic...


É engraçado ver que na maior parte das civilizações do planeta,
a construção dos nomes das famílias é quase sempre de origem
patronímica, ou seja que deriva do nomes dos pais. Para exemplificar
de maneira radical, vamos dizer que o fidalgo é "filho de algo" (hidalgo
e hijo de algo em castelhano). Assim em Portugal temos o Fernandes
filho do Fernão, o Gonçalves filho do Gonçalo, o Dias filho do Diogo.
No estrangeiro temos os mac, os o', os ic, os itch e claro todos os nomes
que acabam em son ou sson. Em algumas tribos primitivas acontece
precisamente o mesmo fenómeno, o que parece indicar que a maior
desgraça para um ser social é de não ter uma sucessão de antepassados
para apresentar. Para a semana vamos entrevistar o prof. Putaitch,
vindo especialmente da Biéloprussia.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

A árvore das influencias de José Saramago

Os escritores que mais influenciaram o escritor ribatejano, listados
por ele próprio; São eles Camões, o padre Vieira, Eça de Queirós,
Raul Brandão, e Fernando Pessoa.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Hidravião parte o flutuador!

Durante a primeira travessia do Atlântico- sul, o Fairey parte um dos
flutuadores ao embater contra uma onda. Gago Coutinho e Sacadura
Cabral saem ilesos e são recolhidos pelo cruzador República.

sábado, 11 de setembro de 2010

Vamos às "Marias?"


Para alguns estrangeiros as portuguesas chamam-se todas "marias".
A verdade é que algumas nem têm esse nome no registo mas o hábito
leva-as a pô-lo em frente ao nome. A expressão "vamos ás marias" ouvi-a
pela primeira vez na Amadora pela boca de um tropa com sotaque do
norte "bamos áj maríaj" quando ele questionava os restantes maçaricos
e camaradas na possibilidade de irem prestar homenagem ás funcionárias
de serviço do lupanar local. Nesta vinheta do Camões- de vós não conhecido
nem sonhado, uma das prostitutas faz o anúncio de que há novas "marias"
na Colheita, um prostíbulo muito em voga em Lisboa no tempo do
Camões. Renovado o stock em coxas hospitaleiras, a abelha-mestra
(a dona do bordel) iria ficar satisfeita com a receita da noite. Neste caso
eram três donas, e por isso mesmo o poeta se refere ao lupanar como
um pau de três bicos. Será daí a expressão "fazer um bico?"

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Cerveja e sal


Este desenho, que tinha perto de 80 cm, foi apresentar
a festa da cerveja de um grande hipermercado português nos
anos 90. É com uma certa nostalgia que lembro os tempos das
tintas Ecoline e dos crayons Caran d'Ache. As alterações nos
desenhos publicitários eram fastidiosas e muitas vezes obrigavam
a uma nova versão feita de raiz. Bem-ditos gigabytes.
A dita cerveja já é conhecida desde a antiguidade e os trabalhadores
egípcios recebiam parte do salário na forma dessa bebida. A própria
palavra "salário" vem de "sal" um bem precioso que também fazia
parte do pré que recebiam os legionários romanos. Uma espécie
de ticket-refeição da época.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Winston Churchill - A determinação na espera de ajuda

A primeira vez que ouvi a voz deste senhor foi no "Fool's ouverture" dos
saudosos Supertramp, ainda com o talentoso Roger Hodgson na banda.
Sim, nessa faixa é o senhor primeiro ministro que incita à resistência
britânica face aos bombardeamentos dos V2 alemães sobre Londres
com uma voz de quem está a acabar de mastigar o charuto.
Apesar de tudo esta atitude heróica tinha uma razão de ser: Churchill
estava à espera do envolvimento americano a qualquer momento.
(estás a bater-me mas eu faço-me de valente porque sei que o meu
matulão de irmão já te vem acariciar as costelas).
Uma frase engraçada de Winston: "É o esforço contínuo, não a força ou
a inteligência, a chave para desenvolver o seu potencial".
pois, pois, mal soube que os EUA tinham entrado na guerra declarou
logo a o conflito estava ganho.