O terramoto que arrasou Lisboa e arredores (cidades como Setúbal foram
parcialmente destruídas) ocorreu num dia 1 de Novembro. Muitos escritores
filosofaram sobre a causa divina do acontecimento, tais como Voltaire, a
perguntar a sempiterna pergunta: "porquê?". Quem leu Astérix já sabe que
os celtas tinham previsto que mais tarde ou mais cedo o céu acabaria por
ruir por cima de algumas cabeças; ao contrário dos Maias, deixaram no
entanto a data em aberto. Por sorte naquela altura tínhamos um Marquês
de Pombal e um Pina Manique para tratar da reconstrução da capital. Se fosse
hoje, é provável que o primeiro ministro apressasse a construção do TGV
para se poder pirar mais depressa antes dos primeiros calhaus cairem.
Bem, alguns já caíram mesmo : o "jamais, jamais-mariolino" e o
"manuelpinheiro- vai-tourear".
Pelo menos a partir do fim do século XVIII ficámos com avenidas largas e
novas que pareciam megalómanas na altura mas que hoje já parecem bem
razoáveis( O Sebastião sabia, tudo, tudo ,tudo) , e com expressões derivadas
directamente do terramoto tais como "rés vés Campo de Ourique" e
"estas paredes oitocentistas parecem papel! basta um pequeno abanão!"