terça-feira, 12 de abril de 2011
O Fado Ilustrado - O processo criativo - (parte 1)
Foi finalmente publicado O Fado Ilustrado. Para quem esteve a par
dos acontecimentos sabe que o atraso da sua publicação se deveu ao
facto da pessoa que era suposta ajudar-me ter registado a obra em nome
dela acrescentando-lhe uns detalhes enfadonhos e desajeitados de novela
mexicana e ameaçando com o facto de ser advogada(?). Quis fazer chantagem
comigo e com a editora para incluir integralmente o seu lixo na obra.
Há galinha que cacarejam mas sem todavia porem o ovo.
Na altura ainda não tinha título. A minha ideia era criar um enredo
ligando várias personagens que tivessem todas vivido naquele tempo
e que por alguma razão estivessem ligadas. O fio condutor tinha-o mesmo
colado num poster na parede do meu atelier: "O FADO" do pintor
Malhoa. Quando soube que os modelos para aquela obra tinham sido
personagem reais, fez-se luz na minha mente: Ligar toda esta gente
toda: O meu escritor preferido, o Eça, o Ramalho, os outros Vencidos
da vida, grupo a que pertencia também o rei D. Carlos, o Grupo do
leão a que pertencia Malhoa, as figuras pitorescas do bairro da Mouraria
(as personagens que utilizo existiram realmente), fadistas da época,
tudo num ambiente de ameaça terrorista por parte da Carbonária
portuguesa. Note-se para a "pequena" História que a massa Carbonara
ganhou o nome a partir de aí.