Ao fazer este desenho para já não sei qual livro, lembrei-me
do Algarve do meus 17 anos durante umas férias meio-débauche
meio-trabalho. Depois de pedir autorização ao vereador da cultura
da câmara da vila de A. fui instalar-me no centro do jardim a fazer
retratos dos turistas. Bons tempos! O facto de falar várias
línguas e de ser comunicativo levava as turistas a pensar que
levar o artista para a farra da noite era uma tradição portuguesa.
Aos 17 anos o nosso critério é diferente do critério de um homem
já adulto, salta por assim dizer em tudo o que mexe. As inglesas,
porém, mexem-se pouco. Dizem que a gelatina mexe mais que
a esposa inglesa. Ah, bons tempos de irresponsabilidade...