Mais um desenho que pertence ao livro da colecção "Chamo-me"
sobre a vida e obra do matemático Pedro Nunes editado pela
Plátano. Penso que sairá já no próximo mês nas livrarias. A cena
representa a filha do sábio português e o respectivo noivo. Ao que
parece, o cavalheiro enamorado quis devolver o frasco depois de ter
aberto o fecho de segurança e assim anular o prometido casamento.
A bela já bastante desabrochada não gostou da reviravolta e pegando
numa adaga decidiu desflorar a beleza do noivo com um grafito
pós-renascentista. Quem não mereceu o melodrama foi o velho
patriarca com os pensamentos já a acariciar uma reforma tranquila
e sem sobressaltos e que se viu entrar numa tramóia inesperada
entre os muros dos tribunais.
Desflorar e desabrochar... dois verbos que nem sempre conjugam
com flores nem com finais felizes.